Congresso Nacional da Juventude Proletária, Estudantil e Popular: a construção da organização juvenil comunista brasileira (1924-1936): questões políticas, econômicas, organizacionais e programáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Faria, Fernando Garcia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-07102022-200311/
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo descrever, sistematizar e analisar o trabalho do Partido Comunista do Brasil (PCB) entre a juventude, nos anos de 1924 a 1936. Foram utilizados três critérios de análise ao longo desse período: a composição social da organização juvenil comunista; sua tática, como forma de atrair mais jovens para o seu projeto político; e a relação da organização juvenil com o partido comunista. Buscaram-se origens da inserção desse setor nas lutas de classes, ainda no século XIX, sobretudo a partir da exploração do trabalho de jovens. As reivindicações por melhores condições de trabalho, educação e às possibilidades de uma guerra de grandes proporções, levaram à articulação de uma instância internacional de organizações juvenis de caráter socialista, em 1907. E a luta pela paz foi a principal até o início da 1ª Guerra. Após a revolução russa, a fundação da Internacional Comunista (IC) e a sua Internacional Juvenil Comunista (IJC), foi possível coordenar o trabalho dos jovens comunistas em todo o globo, inclusive no Brasil. A industrialização brasileira, submetida à divisão internacional do trabalho no período do imperialismo, suscitou uma classe operária com singularidades e diferente do processo europeu. O PCB desde a fundação, em 1922, teve a intenção de organizar as juventudes comunistas. O início foi de dificuldades e em seguida alcançou maior influência dos comunistas entre o proletariado juvenil e maior articulação internacional. A partir de 1929, a organização passou a chamar Federação da Juventude Comunista do Brasil (FJCB). Com a bolchevização, a FJCB passou por um período de sectarismo e logo fez um giro tático que colocou a luta contra o nazi-fascismo no centro da política. Com maiores possibilidades de alianças e as necessidades de organizar as reivindicações imediatas deste setor social, a FJCB protagonizou a organização do 1º Congresso Nacional da Juventude Proletária, Estudantil e Popular (CNJPEP). Fez-se uma plataforma de direitos e iniciou-se o desenho de uma organização nacional que representaria toda a juventude brasileira. Etapas estaduais se realizaram, mas a nacional foi impedida pela polícia. Experimentaram diversas formas e métodos de atuação, politizaram parcelas de estudantes e trabalhadores; lutaram por direitos e deixaram herança que influenciou gerações seguintes na elaboração da revolução brasileira