Análise do transporte de soja, milho e farelo de soja na hidrovia Tietê-Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Oliveira, Joao Carlos Vianna de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191218-142056/
Resumo: A utilização do transporte hidroviário de soja e milho no Brasil e no caso específico da hidrovia Tietê-Paraná, ainda encontra-se bastante incipiente, mesmo considerando-se a importância do serviço de transporte na comercialização desses produtos. Desta forma, o principal propósito deste trabalho foi analisar o transporte hidroviário de soja, milho e farelo de soja, com atenção especial às firmas envolvidas, procurando apresentar os elementos limitadores de uma maior utilização dessa alternativa de transporte. Foi então delineado um estudo de caso, baseado em uma pesquisa exploratória-descritiva com abordagens quantitativas e qualitativas sobre os prestadores do serviço de transporte hidroviário e sobre os demandantes desse serviço. Também foi realizada a avaliação da competitividade da alternativa hidroviária, utilizando-se o modelo de rede. Pela caracterização da oferta do serviço de transporte hidroviário foi possível verificar os mais importantes elementos dessa atividade. Foi verificada uma significativa influência do tipo de embarcação (comboio simples ou duplo) e do nível de utilização do equipamento (número de viagens e porcentagem de carregamento) sobre os custos de transporte. Dois tipos básicos de empresas de transporte hidroviário foram encontrados, as que tem como atividade fim o transporte hidroviário e as que internalizaram essa atividade. O sistema de operação da hidrovia também foi um elemento influenciador da atividade de transporte. Três tipos principais de influência foram encontrados, o período de fechamento de eclusas, as taxas de utilização da hidrovia, e as restrições à navegação, que foram considerados prejudiciais em algum aspecto à competitividade da atividade de transporte hidroviário. Os demandantes basicamente são empresas ligadas com a comercialização de soja e milho em grão e indústrias produtoras de óleo de soja. As empresas de comercialização optaram pela internalização da atividade de transporte e as demais demandantes optaram por contratar o serviço de terceiros. A relação entre prestadores do serviço e demandantes, através de contratos de curto prazo, foi identificada como um fator negativo, que poderia aumentar o custo de transporte hidroviário pela incerteza de demanda. A competitividade da alternativa multimodal, que inclui a hidrovia, não é totalmente incontestável, se apresentando dependente de uma série de variáveis, dentre elas o custo hidroviário, o tipo de alternativa multimodal disponível entre um determinado par origem/destino e o aumento da distância com relação ao transporte rodoviário. A alternativa multimodal que apresentou a melhor competitividade, com relação à alternativa unimodal rodoviária, foi a hidro-ferroviária, seguida da rodo-hidro-ferroviária. As demais apresentaram, na maioria dos casos, custos de transporte mais elevados que aqueles observados para o transporte rodoviário. Constatou-se que, dependendo do desempenho da empresa na gestão das variáveis influenciadoras do seu custo unitário de transporte (US$/t.km) e em especial, da intensidade de utilização do equipamento, o serviço oferecido poderá ter graus variáveis de competitividade.