Perspectivas do sistema hidroviário Tietê-Paraná no transporte do calcário agrícola no estado de São Paulo

• Ano de defesa: 1982
• Autor(a) principal: Toledo, Paulo Edgard Nascimento de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: CALCÁRIO AGRÍCOLA; HIDROVIAS; TRANSPORTE HIDROVIÁRIO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20210919-105951/

Este trabalho procura determinar os benefícios da implantação do Sistema Hidroviário Tietê-Paraná de Navegação Fluvial ao transporte de calcário agrícola, no Estado de São Paulo. É utilizado o modelo de programação linear para obtenção do custo mínimo de transportes entre os 10 municípios produtores e as 63 Delegacias Agrícolas, de acordo com a estrutura administrativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. As variáveis relevantes são a oferta da indústria de calcário agrícola, o consumo das delegacias agrícolas e o custo de transporte. O custo de transporte por rodovia foi abordado sob as concepções de frete normal e de frete como retorno. Foram também realizadas simulações considerando a concentração de vendas de calcário nos meses de junho, julho e agosto, como forma de observar sua influência sobre o fluxo de calcário agrícola, com e sem a utilização da hidrovia. Os resultados indicam uma redução de 13,5% no custo total do sistema pela utilização da hidrovia, quando considerado o frete normal. Quando comparado ao frete rodoviário como retorno, sistema predominante no atual transporte de calcário, o benefício da introdução do sistema hidroviário reduz-se a 6% do custo total do sistema. Como principal conclusão tem-se que o maior entrave a viabilização da hidrovia como meio de transporte de calcário agrícola é o baixo consumo das regiões para as quais a hidrovia é uma opção de transporte. Este fato torna remota a possibilidade de transporte fluvial de calcário a médio prazo, mesmo realizado por firmas que exploram jazidas próximas à represa, uma vez que os ganhos apresentados pelo sistema alternativo são insuficientes para estimular os empresários do setor.