Associação entre TCF7L2 e outras variantes genéticas de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 e doença cardiovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Sousa, André Gustavo Pires de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-18022011-161431/
Resumo: Introdução: Estudos prévios têm confirmado genes de susceptibilidade para Diabetes Mellitus tipo 2 em diferentes populações. Nesse contexto, os polimorfismos do gene TCF7L2 são considerados as mais importantes variantes genéticas de risco para o diabetes tipo 2, que, por sua vez, é um dos principais fatores de risco cardiovascular conhecidos, especialmente para doença arterial coronariana. Contudo, a hipótese de que variantes de risco do TCF7L2 ou a informação combinada de marcadores genéticos associados ao diabetes também podem predizer eventos cardiovasculares ainda não foi testada. Objetivos: este estudo objetivou avaliar a associação entre o polimorfismo rs7903146 do gene TCF7L2 e doença arterial coronariana em indivíduos diabéticos e não-diabéticos e determinar se a informação combinada de variantes genéticas de risco para diabetes também está associada com eventos cardiovasculares incidentes e diabetes. Métodos: Oitocentos e oitenta e nove indivíduos, que foram referenciados para cateterismo cardíaco, foram avaliados em um formato transversal para lesões coronárias (carga aterosclerótica) e 559 indivíduos do estudo MASS II, um estudo randomizado em pacientes portadores de doença coronariana multiarterial, foram seguidos prospectivamente e avaliados para a incidência de eventos cardiovasculares. Em outra análise, 425 indivíduos, também do estudo MASS II, foram genotipados para 10 polimorfismos associados com diabetes tipo 2. Escores genotípicos foram criados se utilizando da informação combinada destes polimorfismos. Resultados: Os indivíduos não-diabéticos portadores do alelo T do TCF7L2 apresentaram uma frequência significativamente maior de lesões coronarianas que os não-diabéticos que não carreavam o alelo de risco (OR = 2,32 IC95% 1,27-4,24, p = 0,006). O mesmo não foi encontrado para indivíduos diabéticos. Da mesma forma, na análise prospectiva, os indivíduos não-diabéticos portadores dos genótipos CT/TT apresentaram significativamente maior número de eventos cardiovasculares compostos que o genótipo CC (p = 0,049), principalmente devido à mortalidade (p = 0,004). A informação genética combinada também foi capaz de prever a incidência de eventos cardiovasculares e mortalidade global em indivíduos não-diabéticos em 5 anos. Os indivíduos não-diabéticos com alto risco genético tiveram uma incidência de eventos similar aos sujeitos diabéticos. A adição da informação do TCF7L2, isoladamente, a um modelo de predição clínica de risco de diabetes não foi capaz de aumentar a sua precisão, mas a adição de informação genética combinada à informação clínica melhorou significativamente a capacidade diagnóstica para diabetes. Conclusões: o alelo de risco T do polimorfismo rs7903146 está associado com diabetes e, em indivíduos não-diabéticos, com maior prevalência e gravidade da doença arterial coronária, bem como eventos cardiovasculares combinados. A informação de variantes genéticas de risco para diabetes está associada à incidência de eventos cardiovasculares em indivíduos nãodiabéticos com doença arterial coronária