A mulher e o câncer: a vida após diagnóstico e tratamento oncológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Espallargas, Diana Bomeny
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-22022016-150104/
Resumo: O câncer de mama é uma das doenças mais temidas pelas mulheres, por não afetar apenas o corpo anatômico, mas também os aspectos psicossociais da paciente. Na atualidade, é considerada uma enfermidade crônica. Existe um grande número de pessoas que convivem com o câncer, seja em tratamento, seja em remissão ou com controle de sintomas. Esse panorama exige da Psicologia uma atuação mais eficiente, específica, interessada em compreender o que leva os pacientes a maiores dificuldades diante das diferentes etapas do tratamento. Considerada a inexistência de uma teoria própria para a Psico-Oncologia, na análise desta pesquisa, é utilizada a proposta teórica de Donald Woods Winnicott, para auxiliar na compreensão e interpretação dos relatos de mulheres que convivem com a doença oncológica. Esta pesquisa propõe-se a investigar as repercussões psicológicas de pacientes em primeira remissão de câncer de mama. O interesse por este estudo surge a partir da prática como psicóloga, na especialidade de Mastologia. Diversas pacientes são encaminhadas para o ambulatório de Psicologia, com impactos psicológicos que perduram além da presença da doença. O estudo é do tipo transversal descritivo, com método misto. A amostra é composta por oito pacientes que realizam tratamento oncológico na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O procedimento para a coleta de dados consistiu na aplicação de uma ficha sociodemográfica e na realização de uma entrevista semidirigida, na Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) e na Escala de Desesperança Beck (BHS). Este trabalho conclui que o término de um período de tratamento não coincide com o fim das preocupações com a doença. E, ainda que pese a relevância da Psico-Oncologia para o bem-estar dos pacientes com câncer, esta pesquisa considera necessária uma fundamentação teórica, que permita contextualizar o indivíduo e promova o conhecimento de sua totalidade, além das repercussões esperadas no adoecimento oncológico. Observa-se a importância da avaliação psicológica para compreender como essa paciente vivencia o câncer de mama, a partir de sua experiência e vida anterior. Este estudo pretende avançar nos temas da Psico-Oncologia e fornecer subsídios para profissionais da área da Saúde que tratam pacientes com câncer de mama