Composição e características físico-químicas do leite instável não ácido (LINA) na região de Casa Branca, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lopes, Ludmila Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-29042008-103024/
Resumo: O objetivo do estudo foi determinar a composição e as características físico-químicas (pH, acidez, estabilidade ao álcool, sólidos totais, gordura, lactose, teor de extrato seco desengordurado e proteína total), contagem de células somáticas (CCS) e as frações de caseína (α-S1, α-S2, β e κ) dos leites identificados como leite instável não ácido (LINA) e de leites estáveis à prova de álcool a 78% (v/v). A amostragem contemplou todas as propriedades leiteiras fornecedoras de leite de um laticínio localizado no município de Casa Branca - Estado de São Paulo, nos meses de março, maio, julho e setembro de 2007. Considerou-se, como critério de identificação de LINA, a amostra de leite de conjunto de cada propriedade que apresentasse instabilidade à prova do álcool a 72% (v/v) e acidez inferior a 18ºD. Do total de amostras instáveis ao teste do álcool a 72% (v/v), 64,77% foram identificadas como LINA. A freqüência de amostras de LINA variou de acordo com o mês de amostragem, indicando uma possível influência sazonal sobre a ocorrência deste problema nos rebanhos analisados. No mês de julho, a incidência de LINA foi maior, coincidindo com o período seco, quando a disponibilidade e a qualidade das forragens são reduzidas. No mês de setembro, época de chuvas em que ocorre maior oferta de forragens de melhor qualidade, a incidência de LINA diminuiu. Em julho, houve um aumento significativo nos níveis de gordura, lactose e CCS, observando-se, porém, uma diminuição significativa nas concentrações de proteína bruta nas amostras. Neste mês, notou-se também uma menor concentração de κ-caseína no LINA, embora as diferenças entre as caseínas α-S1, α-S2, β e κ do LINA e do leite estável não tenham sido significativas nos meses de amostragem. Os resultados evidenciaram que a ocorrência de LINA é freqüente nos rebanhos leiteiros da região estudada, o que pode acarretar perdas significativas à indústria de laticínios e aos produtores devido ao descarte do leite.