\"Faz isso por nóis, faz essa por nóis\": reflexões sobre a periferia como sistema cultural e a universidade pública contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Brenda Barbosa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-05012020-183005/
Resumo: A dissertação que aqui apresento, compreende periferia como sistema cultural e reflete sobre isso no contexto da universidade pública contemporânea. Tais reflexões foram construídas a partir da minha vivência nesses espaços. Em uma abordagem teórica-metodológica ancorada nas pesquisas radicalmente qualitativas, investigo periferia no contexto acadêmico e o processo histórico do surgimento de periferias na cidade de São Paulo, especialmente na região do Grajaú, local em que passei a maior parte da minha vida. Ao compreender periferia como sistema cultural, apresento algumas práticas culturais mediadas pela oralidade Slams, Batalhas de Rima e Saraus que possibilitaram minha formação e a de outras/outros sujeitas/os periféricos. Algumas/uns sujeitas/os periféricas/os agora também tentam ocupar as universidades públicas contemporâneas, embora o modelo hegemônico de universidade ainda não tenha realizado as mudanças estruturais necessárias para que esse novo grupo estudantil consiga se reconhecer, pertencer e construir na e a universidade. Como respostas à estas tensões, os próprios estudantes desenvolvem estratégias que possibilitam sua permanência na universidade muitas delas influenciadas por práticas periféricas. Por fim, reflito sobre o espaço universitário como espaço de produção e reprodução do conhecimento e também de produção e de reprodução da opressão por meio do conhecimento