E depois? Um estudo sobre os Coletivos Culturais paulistanos, seus integrantes e produção cultural desenvolvida após a passagem pelo Fomento à Cultura da Periferia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Borges, Juliana da Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-22092023-184508/
Resumo: Esta dissertação se propôs a estudar os caminhos percorridos pelos coletivos culturais da periferia do Município de São Paulo, tendo como recorte aqueles que foram contemplados pelo Fomento à Cultura da Periferia, instituído pela Lei Municipal nº 16.496/16, que tem por objetivo ampliar o acesso aos meios de produção e fruição dos bens artísticos e culturais pela população residente neste território paulistano. Trata-se de responder a seguinte questão: com o término do projeto executado, o que acontece com os coletivos culturais fomentados, seus integrantes e com a produção artístico-cultural por eles desenvolvida no âmbito desta política pública cultural? A escolha deste recorte se deu por ter sido a lei escrita e proposta pelo Movimento Cultural da Periferia - MCP, movimento composto pela união de fóruns de cultura e coletivos culturais periféricos. Dado esse objetivo, contextualiza-se o percurso histórico da elaboração e aprovação da referida Lei, apresentando conceitos de periferia, coletivo cultural, sujeitas e sujeitos periféricos, e trabalhadoras e trabalhadores da cultura. Adotando a crítica cultural materialista através dos estudos de Raymond Williams e Maria Elisa Cevasco, apresentam-se ainda os conceitos de cultura, bem como as referências teóricas da Cidadania Cultural, Direito à Cultura e Política Cultural. A metodologia desenvolvida se baseou em duas fases consecutivas, sendo a primeira etapa voltada a obter uma visão panorâmica, por meio da aplicação de uma survey com os integrantes do núcleo dos coletivos culturais contemplados da 1ª Edição à 3ª Edição; e uma segunda etapa voltada a mergulhar em maior detalhe nas histórias de vida destes integrantes, com três entrevistas em profundidade. Foi possível extrair que os Coletivos Culturais e seus integrantes atuam de forma perene, estando ativos mesmo após o término do fomento, atuando no mesmo território periférico e produzindo e circulando com a produção artístico-cultural de forma autônoma