Investigação da prevalência e morfologia do segundo conduto na raiz mésiovestibular em primeiros molares superiores por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico de pequeno volume e alta resolução em uma população do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alves, Cláudia Rezende Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-03112016-191157/
Resumo: Primeiros molares superiores (1oMS) podem apresentar na sua raiz mésio-vestibular um segundo conduto (MV2) que é geralmente de pequena dimensão e grande variação anatômica. Os MV2 são de difícil visualização em radiografias convencionas (bidimensionais) o que pode ser causa importante de insucessos de tratamentos endodônticos. Este problema pode ser solucionado pelo uso de um método imaginológico mais sensível como a tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC). Com o objetivo de determinar, pela primeira vez na literatura, a prevalência e a morfologia do conduto MV2 numa população brasileira foram avaliadas 414 TCFC, de pequeno FOV (5 ou 8) e alta resolução tomadas para fins de diagnósticos num intervalo de 2 meses. Destas foram selecionadas as TCFCs de 186 mulheres e 101 homens, com idades entre 9 e 93 anos (média de 49,43 ± 16,76), que apresentavam ao menos um 1oMS, totalizando 362 dentes. Para avaliar a reprodutibilidade na detecção do conduto MV2 nas TCFC todas as imagens foram avaliadas por três examinadores diferentes e os dados foram comparados pelo teste Kappa. Obteve-se como resultado alta reprodutibilidade interobservadores (Kappa entre 0,79 e 0,88; p<0,0001). Assim sendo, os dados obtidos de apenas 1 dos examinadores foram avaliados estatisticamente por testes ANOVA, ou Kruskal Wallis e de Correlação de Pearson (p<=0,05). O conduto MV2 foi detectado em 68,23% dos 1osMS avaliados. A raiz mésiovestibular destes dentes apresentou predominantemente o Tipo II (38,12%) da classificação de Vertucci (1984). A presença do conduto MV2 foi significativamente maior em pacientes com idades menores (média de 45.04; p<0,01) que daqueles que não apresentaram o MV2 (média de 53.46). Não houve correlação entre a presença de conduto MV2 tanto com relação ao gênero (p=0,14), nem ao lado do 1oMS (p=0.53), quanto ao tamanho do FOV (p=0.09) da TCFC. Houve correlação negativa significativa (p=0.008) entre a classificação de Vertucci do MV2 e o tamanho do FOV da TCFC, ou seja, TCFC de FOV menor (FOV 5) encontraram MV2 com tipos maiores da classificação de Vertucci. Setenta e cinco pacientes apresentavam os 2 1osMS nas TCFCs, destes 58 pacientes (77,33%) apresentaram ou presença ou ausência do conduto MV2 simultaneamente em ambos lados. As idades dos pacientes que apresentaram o conduto MV2 nos dentes de ambos os lados (44; 58,66%) foram significativamente menores que daqueles que não apresentaram o conduto MV2 em nenhum dos lados (14; 18,66%) e também em somente um dos lados (17; 22,66%) (p<0,05). Concluiu-se que há alta prevalência do conduto MV2 na população examinada que ocorrem predominantemente em indivíduos jovens. Mais ainda, a detecção do MV2 independe do tamanho do FOV, porém TCFCs de FOV menor são mais sensíveis na análise de detalhes anatômicos destes condutos.