Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Thaís Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-22122020-090613/
|
Resumo: |
A dor orofacial pode ter seu surgimento na infância. No entanto, em crianças a avaliação da dor induzida por pressão, método amplamente utilizado para avaliar a Disfunção Temporomandibular (DTM), pode ser menos confiável do que em adultos. Assim, torna-se importante a verificação de técnicas mais adequadas e confiáveis para avaliar a dor nessa faixa etária. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a confiabilidade intra e interexaminadores do Limiar de Dor por Pressão (LDP) e da Palpação Manual (PM) e a correlação entre essas técnicas em crianças com e sem relato de dor orofacial relacionada a DTM, bem como verificar diferenças nos valores de LDP e intensidade de dor relativos a PM entre estes grupos de crianças. Foram selecionadas aleatoriamente a partir de uma amostra de 600 crianças, 27 que apresentaram relato de dor nos músculos mastigatórios ou na articulação temporomandibular (ATM) e 73 que não relataram dor, a partir da aplicação de uma versão adaptada de um índice anamnésico. Em cada sessão de avaliação foram registradas três medidas consecutivas de LDP e as medidas relativas a intensidade de dor a PM através da aplicação de uma Escala Facial de Dor (EFD) de 6 e 4 categorias. Dois examinadores previamente treinados aplicaram a algometria (velocidade de aplicação de 0.5kg/cm2/seg) e a PM (pressões de aproximadamente 0.7 kg/cm2 e 1.5 kg/cm2) nas estruturas do sistema estomatognático das crianças. Para análise dos dados foi utilizado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) para avaliação dos níveis de concordância das variáveis contínuas e o Kappa ponderado para as variáveis categóricas. Para análise da variabilidade foi calculado o Coeficiente de Variação. Foram verificados níveis excelentes (ICC>0.75) de confiabilidade intra e interexaminadores para o LDP para a maioria das estruturas avaliadas para as crianças que não relataram dor orofacial e níveis excelentes e moderados para as crianças que relataram dor. O procedimento de descartar a primeira medida de três mensurações elevou os valores de ICC em ambos os grupos. Para as avaliações obtidas em diferentes dias tal procedimento reduziu os valores de ICC nas crianças que relataram dor. Foram observados níveis de kappa entre moderados, razoáveis e leves para a PM em ambos os grupos, piores valores de confiabilidade interexaminadores e piores valores de confiabilidade intraexaminador com a aplicação da EFD de 4 categorias em relação a aplicação da EFD de 6 categorias. Ambas as técnicas foram capazes de diferenciar crianças com e sem classificação de DTM de acordo com o índice anamnésico aplicado, mas apenas a PM foi capaz de diferenciar crianças com e sem relato de dor orofacial. Foi observada fraca correlação negativa entre as técnicas, apesar dos maiores níveis de correlação constatados nas crianças que relataram dor (-0.38< r <-0.62) em relação às crianças que não relataram dor (-0.23< r <-046). Os resultados desse estudo demonstraram que para avaliações conduzidas em diferentes dias em crianças que apresentam relato de dor orofacial a média de três medidas consecutivas de LDP seja utilizada em detrimento da média de duas medidas consecutivas. A algometria para obtenção do LDP demonstrou maiores níveis de confiabilidade que a técnica de PM e como a PM demonstrou níveis aceitáveis apenas para a confiabilidade intra-examinador, em avaliações conduzidas em dias diferentes e por examinadores distintos recomenda-se o uso da Algometria para obtenção do LDP. A maior correlação observada entre o LDP e a PM, no grupo de crianças que relataram dor, sugere que menores variações fisiológicas ou, limiares na dor, são melhor traduzidas em termos de percepção de intensidade de dor em crianças que relatam dor. Como o relato de dor pode ser considerado o \"padrão-ouro\" para avaliação da dor, o estudo de crianças que relatam dor, mas não procuraram atendimento clínico especializado e, portanto, podem apresentar níveis de dor subclínicos, pode auxiliar no entendimento dos fatores envolvidos no desenvolvimento de dor orofacial ao longo do tempo. |