A revolução e a (im)possibilidade da reforma em A tale of two cities de Charles Dickens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Matos, Érika Paula de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-17092015-120220/
Resumo: O objetivo desta tese é analisar como o romance A Tale of Two Cities de Charles Dickens reflete em sua estrutura questões políticas importantes que estavam presentes na sociedade inglesa no século XIX, principalmente a formação na Inglaterra de uma cultura antirrevolucionária que pintava a Revolução, usando o exemplo Francês, como um episódio comandado por uma multidão desvairada e fora de controle. Essa cultura encontra-se presente na forma como Dickens figurou a Revolução Francesa, nas incessantes comparações que faz entre a França e a Inglaterra e na constante oscilação no posicionamento do narrador. Ao mesmo tempo, a análise do romance nos permite ver que essa mesma cultura não excluiu totalmente a percepção de que a situação clamava por mudanças. Nossa hipótese é que subjacente ao enredo do romance e aderido à sua estrutura encontra-se a discussão acerca de duas soluções para a crise pressentida: a Reforma e a Revolução. O romance suscita, por causa da volubilidade do narrador, a defesa das duas posições, ora pendendo para a Revolução, pela crítica à aristocracia, ora para a Reforma, ao promover a demonização das massas. Defenderemos que essa oscilação culmina na construção de uma terceira solução, que, apesar de ser à primeira vista conservadora, torna-se radical ao expor a impossibilidade de outra saída política quando a Revolução é excluída do horizonte de possiblidades.