Águas errantes: uma narrativa sobre o rio Tamanduateí, a cidade e a arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Melo, Berta de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-21122017-100727/
Resumo: A pesquisa se propõe a investigar de modo ensaístico a articulação entre a arte, a cidade e as águas. O recorte escolhido foi o rio Tamanduateí devido a sua importância na história de São Paulo e ao rico material de representações artísticas existente sobre ele. Hoje, assim como a grande maioria dos córregos e rios da metrópole, o Tamanduateí vive um processo de degradação e invisibilidade. As obras de arte, por sua vez, lançam luz sobre essa paisagem hoje marginalizada. A análise está dividida em três períodos relativos à própria constituição e modificações do Tamanduateí, sendo estes o rio meândrico, o rio retificado e o rio confinado. O primeiro remonta ao rio indígena, às primeiras ocupações do colonizador branco e aos registros dos artistas viajantes como Ender, Debret, Burchell, Pallière, Hildebrandt entre outros. O segundo período acompanha as transformações que foram feitas no leito do rio com mais intensidade a partir da metade do século XIX e a passagem da cidade provinciana para a moderna, pelo olhar de Augusto Militão, Almeida Júnior, Benedito Calixto, Jules Martin, Antonio Ferrigno, Vicenzo Pastore, Grupo Santa Helena e outros mais. Rio confinado mostra como a arte contemporânea lida, utilizando-se de variados meios, com a metrópole de hoje e sua relação com o rio Tamanduateí, esse corpo d\'água entre a vida e a morte, emparedado pela avenida do Estado. Artistas como Evandro Jardim, Paulo Penna, Zezão, Danilo Zamboni, Héctor Zamora, Camila Bronizeski e os coletivos Aqui Passa um Rio, PerformAtiva, Bloco Fluvial do Peixe Seco, Trupe Sinhá Zózima e Território B são exemplos significativos das intervenções sobre o rio Tamanduateí nas últimas décadas. Reunir os diversos olhares e temporalidades sobre o rio pretende ser uma maneira de compreender com mais profundidade as transformações desse lugar e sua importância na reflexão sobre a metrópole.