Preservação patrimonial e planejamento urbano: elos e dissensos na operação urbana consorciada bairros do Tamanduateí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marcussi, Thais Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-01082023-183721/
Resumo: Desde 2002, a região sudeste da cidade de São Paulo tem sido apontada pelos planos diretores estratégicos municipais como uma área para a qual se pretende promover larga transformação urbana, através da implementação de uma operação urbana consorciada. Ao longo dos anos, o perímetro apontado para intervenção se transformou, assim como a nomenclatura do projeto. Em 2015, um plano urbano se consolidou pela primeira vez, o projeto de lei da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí (Projeto de Lei nº 723/2015). Estão inseridos no perímetro deste projeto trechos dos bairros da Mooca, Cambuci, Ipiranga e Vila Prudente, localizados ao longo da várzea do Rio Tamanduateí. Considerando os propósitos transformadores do instrumento das operações urbanas em geral, e o apontamento da preservação do patrimônio cultural entre as principais diretrizes do projeto apresentado, a presente pesquisa busca compreender se a OUC Bairros do Tamanduateí, um dos planos urbanos mais recentemente desenvolvidos pela municipalidade, representa alguma atualização na forma como a preservação e a valorização do patrimônio cultural tem sido tratada na política de planejamento urbano e territorial na cidade de São Paulo. Também busca-se compreender se o fato de a região ter sido apontada como alvo de um plano urbano que visa a transformação do território influenciou na atenção desprendida à preservação cultural na região. Para alcançar tais objetivos a pesquisa se estrutura em três capítulos. No primeiro, procura-se entender como se deu o reconhecimento do patrimônio inserido na área estudada, desde os inventários já realizados, até os bens de fato tombados. No segundo busca-se compreender como o planejamento urbano da cidade de São Paulo tratou da questão da preservação do patrimônio cultural ao longo dos anos, com especial atenção às operações urbanas já desenvolvidas pela municipalidade. Por fim, o último capítulo se debruça sobre o projeto urbano desenvolvido para a Operação Urbana e analisa como este aborda a preservação do patrimônio inserido no seu perímetro, se há efetivo diálogo entre planejamento urbano e a preservação patrimonial e se houve interesse na ampliação dessa preservação cultural.