Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ferraz, Raquel Atique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-06062024-133658/
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Resumo: |
A prática do estágio possibilita o contato dos estudantes com o mundo profissional, proporcionando-lhes maior conhecimento de si e do mundo do trabalho. Para interagir com pessoas, no ambiente acadêmico e no trabalho, são requeridas competências socioemocionais e competências transversais e transferíveis (CTT) e o domínio destas competências exerce um papel central na aquisição e desenvolvimento de competências profissionais, ampliando as possibilidades de adaptação dos estudantes universitários aos diversos contextos de inserção profissional. Esta investigação, de natureza quanti-qualitativa, foi desenvolvida em dois estudos, além de uma revisão de escopo que buscou identificar, analisar e sintetizar as definições conceituais das CTT em estudos de carreira no ensino superior, compondo a seção sobre enquadramento teórico. O Estudo 1 objetivou descrever e caracterizar uma amostra de estagiários brasileiros, em função das competências socioemocionais e transversais, a adaptabilidade de carreira e a percepção de autodesenvolvimento (flourishing), em relação ao sexo, idade, primeiro estágio e primeira escolha profissional. O Estudo 2 objetivou descrever as percepções de estagiários universitários sobre a influência da pandemia na rotina universitária, visando compreender estratégias utilizadas nas atividades da graduação e dos estágios para a construção da carreira com perspectivas de futuro. Participaram do Estudo 1 (quantitativo) 80 estagiários do ensino superior das regiões norte, nordeste e centro-oeste e entre eles sete participaram do Estudo 2 (qualitativo). Os instrumentos do Estudo 1 são: \"Instrumento para Avaliação de Competências Socioemocionais\" (SENNA 2.0); Escala de Autopercepção de Competências Transversais para o Trabalho (EACTT); Escala de Adaptabilidade de Carreira (EAC); Escala Flourishing (EF); e Questionário de identificação. O Estudo 2 foi realizado por meio de entrevistas via Google Meet, abordando os eixos temáticos: pandemia, construção da carreira, sobre a primeira etapa da pesquisa, e sobre a entrevista. Na análise do Estudo 1 foram feitas comparações entre grupos por meio do teste Mann-Whitney U e tamanho de efeito, interpretados à luz das teorias que embasam os instrumentos utilizados. Os registros do Estudo 2 foram organizados na plataforma MAXQDA para identificar temas para serem analisados à luz das teorias de carreira, por meio da análise temática de Braun e Clarke (2006). Os resultados do Estudo 1 não mostram diferenças significativas em função das variáveis: sexo, idade, primeiro estágio e primeira escolha profissional, com exceção de algumas facetas e dimensões do SENNA. O Estudo 2 mostrou relações entre a continuidade das atividades realizadas antes da pandemia com o desenvolvimento de estratégias para lidar com as intercorrências e incertezas em relação ao futuro profissional, sobretudo das atividades de estágio. Apesar das incertezas em relação ao futuro, os participantes conseguiram se adaptar melhor frente às preocupações, questões de saúde física e mental, mudanças de rotina e na carga de trabalho, apresentando competências socioemocionais e transversais desenvolvidas e adaptabilidade de carreira na superação das dificuldades para a realização do estágio e das aulas em tempos de pandemia. |