O planejamento da cidade é o planejamento dos jogos? O megaevento olímpico como instrumento de (re)ordenação do território carioca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Rosane Rebeca de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-06012014-160038/
Resumo: A busca pela realização dos Jogos Olímpicos parece ter conduzido e orientado as principais determinações da política urbana do município do Rio de Janeiro nos últimos anos. Ao finalmente conquistar a oportunidade de sediar o megaevento esportivo, esse tem sido utilizado como instrumento para se colocar em prática e legitimar um processo de (re)ordenação do território, através de grandes intervenções urbanas, com aporte de recursos públicos de todos os níveis governamentais. O trabalho tem como objetivo analisar e discutir as propostas territoriais do Plano Olímpico \"Rio 2016\", em primeiro lugar, através da investigação sobre sua relação com os instrumentos de planejamento e política urbana do município - Plano Diretor e Plano Estratégico -, considerando que o mesmo não advém de um processo democrático, não se sabendo nem mesmo onde, quando e por quem foi formulado. Segundo, pela reconstituição do processo que lhe deu origem, por meio de uma análise detida dos documentos oficiais e entrevistas realizadas com atores envolvidos, à luz da conjuntura político-administrativa carioca, na tentativa de identificar os sujeitos e interesses relacionados, principalmente à escolha locacional da Barra da Tijuca como região que concentrará a maior parte das instalações olímpicas e consequentemente dos investimentos. E por fim, abordando as intervenções que estão em andamento, os impactos e conflitos delas decorrentes, bem como as principais alterações já realizadas no Plano Olímpico original, procurando sempre apontar processos através dos quais decisões urbanísticas estruturadoras passam ao largo dos mecanismos formais-institucionais e os efeitos decorrentes deste modelo de ação sobre o território carioca.