O patrimônio geológico de Ilhabela - SP: estratégias de geoconsevação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Prochoroff, Rachel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44144/tde-02102014-091215/
Resumo: A ilha de São Sebastião, situada no litoral norte do estado de São Paulo, abriga o município de Ilhabela, estância balneária famosa por suas praias, trilhas e cachoeiras e o Parque Estadual de Ilhabela (PEIb). A visitação e utilização deste local sem estratégias de conservação e manutenção podem se revelar danosas em médio e longo prazo. Por isso, é importante proceder ao inventário e à proteção de sua geodiversidade. Norteado pelo conceito apresentado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM, 2006), este trabalho realizou o levantamento do patrimônio geológico de valor científico. Localizada no Terreno Serra do Mar, as rochas da ilha ilustram eventos geológicos importantes da região. Porém, o acesso aos afloramentos pode ser difícil, pois grande porcentagem do terreno apresenta desníveis intensos e é coberta por mata atlântica. Por isso, foi necessário percorrer trilhas ou acessar os locais pelo costão rochoso. O framework utilizado foi a história geológica da região costeira do estado, no contexto da evolução do Supercontinente Gondwana. Nesta categoria temática foram selecionados nove geossítios: Pedra do Sino, Pico do Baepi, Cachoeira do Gato, Praia da Figueira, Praia de Enchovas, Buraco do Cação, Diques da Ponta da Sela, Gabros Estratiformes e Praia do Portinho. Para a quantificação, foram utilizados os métodos de Brilha (2005) e da plataforma Geossit, desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que combina parâmetros e quesitos dos métodos de Brilha (2005) e Garcia-Cortés & Carcavilla Urquí (2009). Os resultados foram comparados e discutiu-se seu uso na área de estudo, concluindo-se que é necessária a extensa aplicação do Geossit com contínuo trabalho de desenvolvimento de alternativas e parâmetros que contemplem integralmente a grande diversidade de ambientes brasileiros. Ao final, são sugeridas iniciativas de gestão e interpretação dos geossítios, como o desenvolvimento de sites, painéis e guias geológicos, de modo a valorizar a área e seu patrimônio geológico e incentivar o geoturismo para o desenvolvimento social. Os resultados deste trabalho fornecem dados acerca da relevância científica, da vulnerabilidade e das ameaças do patrimônio geológico de Ilhabela, revelam locais com necessidade de maiores pesquisas científicas, apontam destinos didáticos universitários, bem como oferecem subsídios para a implementação de iniciativas de gestão que valorizem e protejam a geodiversidade enquanto alavancam o desenvolvimento social da região.