Patrimônio geológico em áreas de proteção ambiental: Ubatuba-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Priscila Lopes de Abreu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44144/tde-05022015-145425/
Resumo: O município de Ubatuba, localizado no litoral nortedo estado de São Paulo, constitui um dos principais destinos turísticos da região. A geodiversidade e a biodiversidade local formam um ambiente com exuberantes paisagens,constituídas principalmente por praias, costões rochosos e a Mata Atlântica querecobre a maior parte das escarpas da Serra do Mar. A região inclui três unidades de conservação: o Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), o Parque Estadual da Ilha Anchieta e a APA Marinha do litoral norte do estadode São Paulo. Geologicamente, a área está inserida no Terreno Serra do Mar (Domínio Costeiro) da Faixa Ribeira, um dos orógenos da Província Mantiqueira. O inventário do patrimônio geológico de Ubatuba foi realizado considerando como contexto geológico (framework) a evolução do Supercontinente Gondwana. Para tanto, os geossítios foram acessados pelo percurso de diversas trilhas ecoturísticas inseridas nas UC e costões rochosos ao longo da linha de costa de Ubatuba. Atualmente, este inventário é composto por dez geossítios, que foram agrupados de acordo com ointeresse geológico principal e associação com os eventos na história do GondwanaOcidental. São eles: Pedra do Sino de Ubatuba, Charnockito Ubatuba, Praia do Cedro do Sul, Praia da Ponta Aguda, Monzogranito Ilha Anchieta, Gruta que Chora,Brecha magmática Ilha Anchieta, Xenólitos do manto e cones de explosão, Pico do Corcovado e Pedreira Itamambuca. A quantificação dos geossítios foi feita utilizando-se três métodos: o de Brilha (2005), a plataforma GEOSSIT desenvolvida pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que para a composição das categorias avaliadas durante a quantificação se baseia nos métodos de Brilha (2005) e de Garcia-Cortés & Carcavilla Urquí (2009) e, o método de Pereira (2010). Os resultadosobtidos foram avaliados e discutidos a partir da comparação entre os parâmetros que os compõem e as adequações feitas para aplicação neste estudo. Ao final desta etapa, conclui-se que estes métodos necessitam ser discutidos e refinadosaté que se encontrem parâmetros e alternativas que melhor representem osdiferentes contextos do território brasileiro. Finalmente, são apresentadasalgumas propostas para valorização e divulgação dos geossítios com maior potencial turístico, que podem ser desenvolvidas inicialmente junto às UC e aos demais setores comerciais (artesanato, hotelaria e alimentação) da região como forma de proteger o meio natural e fomentar o turismo local por meio do geoturismo. Os resultados deste trabalho pretendem ser uma fonte de dados que subsidie pesquisas científicas na área abrangente, que integra o projeto de inventário do patrimônio geológico de todo o litoral paulista e para futuras ações de ordenamento territorial.