Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Renata Hellen Silva |
Orientador(a): |
Riscado, Jorge Luís de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48528
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Resumo: |
A hipertensão arterial é uma patologia que acomete 25,7% da população brasileira. Devido ao alto índice de prevalência de hipertensos, precisa ser dada a devida atenção às ações de prevenção e tratamento visando minimizar as consequências advindas da falta de terapêutica adequada. Adesão ao tratamento é um fenômeno multidimensional determinado pela interação de um conjunto de fatores. Diversos obstáculos podem impedir a adesão à terapêutica. Dessa forma, investigar os motivos que levam a não adesão ao tratamento anti-hipertensivo na população assistida faz-se necessário. O método de pesquisa adotado foi transversal e exploratório dentro de uma perspectiva qualitativa. Foi elaborado um roteiro de entrevista para guiar as interlocuções com usuários hipertensos com mais de 40 anos e cadastrados a mais de 6 meses no HiperDia. Doze participantes foram selecionados por amostra não probabilística por conveniência. Os relatos foram submetidos à análise de conteúdo, modalidade temática e derivaram em seis temas principais: influência da condição socioeconômica, do serviço de saúde, da doença, do tratamento, dos aspectos vinculados ao usuário e internalização do discurso profissional pelo usuário. O fator mais prevalente para não adesão ao tratamento foi a influência da condição socioeconômica através da dificuldade de obtenção das medicações e da disfunção familiar não promovendo uma rede de apoio ao tratamento. A distância percorrida em busca da distribuição gratuita da medicação e o período entre as consultas de acompanhamento dos usuários com pressão arterial descontrolada foram citadas como motivos associados à influência do serviço de saúde. A ausência de sintomas, a associação com outras patologias, o surgimento de efeitos adversos associado à medicação anti-hipertensiva e a falta de informação sobre a patologia também contribuíram para o não cumprimento das orientações prescritas. Este trabalho procura cooperar para construção de estratégias individuais e coletivas que visam elevar a taxa de adesão ao tratamento e ressaltar a importância de profissionais de áreas plurais ao cuidado em saúde do indivíduo que enriquece a abordagem global à doença e ao usuário. Recomenda-se uma abordagem mais individualizada e integral acerca da adesão terapêutica de usuários hipertensos. |