Para ler Van Gogh: tradução comentada da Carta 179 de Vincent van Gogh a seu irmão Theo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Naia Veneranda Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8160/tde-01122020-184903/
Resumo: A presente dissertação apresenta a tradução comentada da Carta 179 (de acordo com a numeração do Museu Van Gogh) escrita por Vincent van Gogh a seu irmão Theo. Trata-se de uma tradução por via indireta da versão para o inglês feita pelo Museu. O trabalho baseou-se nas premissas do \"paradigma indiciário\", de Ginzburg (1999) utilizando como recurso complementar a transcrição do manuscrito em holandês para orientar escolhas tradutórias. O conceito de ritmo de Henri Meschonnic (2006) abriu possibilidades e lastreou os arremates. Da mesma forma, a \"letra\" e as tendências de Berman (2013) balizaram o caminho, que também levou em conta as modalidades de tradução de Francis Aubert (1998). Igualmente, busquei lançar alguma luz sobre o fato de que, injustamente, as cartas ainda são tratadas como ferramental para outros campos de estudo, atuando como auxiliares na reconstituição de biografias, na compreensão de momentos históricos ou como apêndice a obras literárias. No campo dos Estudos da Tradução, essa realidade também se reproduz. Neste sentido, esta dissertação objetiva contribuir para o estudo das cartas como o objeto em si. Van Gogh é o autor do texto traduzido, mas não é à sua biografia que esta tradução pretende servir, e sim à sua obra como epistológrafo. Seus comentários são precedidos por uma contextualização da relação intrínseca e milenar existente entre o pensamento sobre a escrita de cartas e o pensamento sobre tradução, no intuito de mostrar a influência que a carta tem na forma mesma de pensar e praticar filosofia, literatura e outras artes.