No limiar da eternidade: narrativas sobre a loucura na correspondência pessoal e nas pinturas de Vincent Van Gogh (1888-1890)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Wiltemburg , Geane Caroline lattes
Orientador(a): Stancik, Marco Antonio lattes
Banca de defesa: Wadi, Yonissa Marmitt lattes, Lopes, Bruna Alves lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3778
Resumo: Este trabalho nos traz as narrativas sobre a experiência de adoecimento, busca por tratamento e internamento do pintor Vincent Van Gogh. Buscou-se analisar como ele abordou essa experiência em suas escritas epistolares e quadros entre fevereiro de 1888 e julho de 1890. O recorte corresponde ao período em que Van Gogh, buscando um clima melhor para sua saúde vai para o sul da França, Arles especificadamente, seu tratamento no Hospital de Arles após a crise em que automutilou sua orelha, o internamento em Saint Remy de Provence após uma petição popular, seu tratamento com o Dr Gachet em Auvers Sur Oise e o período que antece seu suícidio.Observando as cartas e os quadros como narrativas construídas, em grande parte, em períodos de crises, buscamos analisar a perspectiva do doente diante desta e também de sua condição. Isto é, como se manifestam suas concepções sobre sua doença, diagnóstico e tratamento, assim como sua visão sobre o funcionamento dos locais de internamento e sua relação com a equipe médica e outros pacientes. A oscilação entre aceitação e negação da doença e de suas consequências, a utilização do termo loucura como algo prévio ao período estudado, a aceitação da condição de louco vindo do externo, isto é, apenas após a petição, a adoção do asilo de Saint Remy como um lugar para si e o diálogo entre as cartas e as pinturas, que retratam seu cotidiano, a estutura dos locais e sua forma de encarar a doença são algumas das conclusões encontradas.