Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Maslova, Irina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8160/tde-22022019-175350/
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Resumo: |
Atualmente, pelo mundo inteiro vemos ações com o objetivo de revitalizar, manter e popularizar as línguas indígenas e suas tradições culturais, tais como a criação de escolas para o treinamento de professores de tais línguas, o desenvolvimento de projetos com o intuito de coleta e elaboração de materiais para o ensino, aprendizagem e reaprendizagem das línguas pelos próprios indígenas, pesquisas científicas no âmbito de várias disciplinas visando à documentação, ao estudo e à popularização de línguas e culturas minoritárias. Para a população da Rússia, da qual a maior parte não domina outros idiomas além do próprio russo, os conhecimentos sobre as culturas e as línguas dos povos minoritários de locais distantes do planeta, via de regra, são inacessíveis e, por vezes, até mesmo quando transmitidos em inglês, são muito difíceis de serem obtidos. No entanto, levando-se em consideração a crescente tomada de consciência mundial sobre a importância e a atualidade de tais conhecimentos, a tendência a sua popularização vem aumentando a cada ano, inclusive em iniciativas na área de Estudos da Tradução. O nheengatu, ou língua geral amazônica, o idioma indígena escolhido para o presente estudo uma língua do tronco tupi e da família tupi-guarani, originou-se do tupi antigo, o qual era predominante na costa atlântica no momento da chegada dos colonizadores portugueses à América do Sul. Este último e, posterioramente, a língua geral amazônica tiveram um papel relevante na história brasileira, com forte presença em sua toponímia, tendo deixado marcas profundas na língua e na cultura da população do Brasil contemporâneo. Hoje o nheengatu é ainda falado por cerca de 8 mil pessoas, principalmente na bacia do Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Venezuela e com a Colômbia. Este trabalho compõe-se da tradução de dez lendas amazônicas do nheengatu para o russo e visa a contribuir para a promoção e a divulgação dos conhecimentos sobre as culturas das populações indígenas da Amazônia na Rússia, facilitando o acesso à literatura sobre tais culturas na língua russa, propiciando, dessa maneira, tanto materiais valiosos para diferentes esferas do conhecimento na Rússia, quanto suporte considerável para as políticas atuais em relação aos povos nativos no Brasil. Além disso a presente dissertação oferece reflexões teóricas preliminares, relacionadas à tradução de mitologia em geral e comentários que acompanham a tradução em questão, como contrubuição modesta para área dos Estudos da Tradução. |