Incorporação de germoplasma exótico de milho (Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Regitano Neto, Amadeu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-155723/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo estudar a incorporação proporcional de quinze materiais exóticos de milho, provenientes da Universidade Estadual de Iowa (E.U.A.) com diferentes graus de adaptação às condições tropicais, em duas populações locais adaptadas (BR-105 de germoplasma Suwan-1 e BR-106) de germoplasma Tuxpeño, através de estimativas dos parâmetros genético populacionais. Para cada material introduzido (P1) foi obtido conjunto de seis gerações: sendo duas parentais (P1 e P2), duas de cruzamento (F1 e F2) e duas de retrocruzamento (R1 e R2) para cada um dos testadores adaptados (P2). Em termos de proporção de germoplasma exótico obteve-se P1:100%; P2:0%; F1:50%; F2:50%; R1:75%; R2:25%. Esses materiais foram avaliados em experimentos em blocos casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos dispostos em parcelas subdivididas, com os conjuntos (populações exóticas) alocados nas parcelas e as gerações nas subparcelas, em duas localidades Anhembi-SP e Rio Verde-GO) em condições tropicais. Foram conduzidas avaliações para peso de espigas (PE), altura da planta (AP), altura da espiga (AE), e número de folhas (NF) em ambos os locais, e para peso de grãos (PG), comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE) e número de espigas por planta (PR). Análises conjutas de variância foram conduzidas para PE, AP, AE e NF. Para cada conjunto foi conduzida uma análise complementar com base no modelo para médias de gerações de Miranda Filho (1981), com testes de hipóteses para a nulidade dos parâmetros e desvios do modelo. Foram estimadas mo: média das populações parentais; b: medida de diferença entre os pais; e h: heterose nos cruzamentos, utilizando-se o método dos quadrados mínimos. Foi apresentado modelo para análise conjunta para médias de gerações e os efeitos de locais (I) e a interações I x b e I x h. Esses efeitos foram estimados para PE. Os coeficientes de determinação dos parâmetros foram determinados para cada conjunto. De forma geral houve variação significativa entre conjuntos e entre gerações dentro de conjuntos e a interação conjuntos x locais foi significativa para PE. Na análise de gerações a significância dos desvios observada para alguns conjuntos pode ser atribuída a reações adaptativas do genótipo exótico influindo no valor esperado pelo modelo. Os coeficientes de determinação dos parâmetros foram superiores a 75%, explicando a forte influência relativa dos parâmetros sobre a variação total dos dados. As gerações com o BR-106 foram mais produtivas, mais altas e tiveram maior número de folhas que as gerações com o BR-105. Os experimentos em Rio Verde-GO tiveram melhores condições para o desenvolvimento da cultura. As estimativas obtidas e a comparação de médias das gerações constituíram ferramentas fundamentais na identificação da proporção mais adequada de incorporação para cada genótipo exótico e na identificação do grupo heterótico, direcioando a incorporação nas populações adaptadas. Os cruzamentos em geral foram heteróticos para produção, foram observadas heteroses entre 0 e 68%. As populações exóticas Guadal.5 x Mo17; BS-29 [Suwan-1(M)C5]; Cuba 173 x B73; Dom. Rep. 269 x B73 apresentaram maior potencial de introgressão com vista a produção de espigas. De forma geral, pode-se considerar que a contribuição de materiais exóticos pouco adaptados na formação de compostos para o melhoramento não deve ser superior a 50%. A proporção mais adequada de incorporação depende principalmente do comportamento dos exóticos nos cruzamentos e dos objetivos do programa de melhoramento. Altas doses de material exótico podem comprometer a utilização a curto prazo dessas populações semi-exóticas.