Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Moreno, Camila Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-14062022-105556/
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Resumo: |
As comunidades microbianas são consideradas decisivas tanto para manutenção da saúde ou para a determinação de doenças. O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma complicação importante da aterosclerose causada pela ruptura de placas de ateroma contendo citocinas pró-inflamatórias, espécies reativas de oxigênio, lipoproteínas de baixa densidade oxidadas (LDLox), proteínas danificadas, lipídios e DNA, gerando um microambiente favorável para a comunidade microbiana patogênica. Anteriormente, constatamos que microvesículas infecciosas (iMVs) contendo DNA de arquéia, estavam presentes em abundância em placas vulneráveis e no soro de pacientes com insuficiência cardíaca ocasionada pela doença de Chagas. Nesse estudo atual, caracterizamos e quantificamos as vesículas extracelulares infecciosas (iVECs) séricas provenientes do microbioma, por meio de seu tamanho e conteúdo, usando análises morfomoleculares que permitiu estratificar e diferenciar os defechos clínicos da doença arterial coronariana (DAC). Detectamos um número aumentado de iMVs entre 0,8-1,34 µm, com carga de superfície altamente negativa, positivas para DNA de arquéia, antígenos de Mycoplasma pneumoniae e MMP9 no soro de pacientes com IAM grave, favorecendo fortemente nossa hipótese de que arquéias patogênicas podem desempenhar um papel importante, na progressão da doença aterosclerótica e pior desfecho clínico. Os números mais altos de VECs <100 nm (exossomos) e MVs de 100 a 200 nm nos grupos ateroscleróticos estáveis e controles saudáveis em comparação com os grupos IAM foram indicativos de que essas VECs são protetoras, podendo captar e degradar antígenos infecciosos e MMP9 ativa, afim de proteger contra o desenvolvimento da ruptura da placa. Conclusão - Microbioma com arquéias patogênicas está associado à quantidades elevadas de iMVs séricos no IAM com pior prognóstico. Este trabalho demonstra pioneiramente que a caracterização morfomolecular e quantificação de iMVs no soro pode constituir um biomarcador prognóstico sérico promissor em DAC |