Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Belo, Maria Luiza Tuche Perciano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-11122023-093116/
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Resumo: |
Este trabalho se debruça sobre a história da cidade do Rio de Janeiro, em especial sobre os acontecimentos dos anos 1960, com o objetivo de debater o fenômeno das remoções a partir de uma perspectiva descolonial e de gênero. Conta-se com um corpus heterogêneo, na prática de tecer uma narrativa cujo principal exercício é elucidar tensões que, embora historicamente constituídas, permanecem operantes até os dias de hoje. Entende-se que as remoções constituem uma pegada histórica na organização e reestruturação das cidades brasileiras. Sugere-se que tal prática, que se repete e atualiza em uma miríade de cidades do globo, vem atuando como instrumento de um urbanismo colonizado e, ao mesmo tempo, colonizante do espaço urbano brasileiro. A partir do arcabouço conceitual do feminismo descolonial a pesquisa analisa como concepções hegemônicas de saber, poder e ser se articularam e materializaram i) na constituição do saber urbanístico brasileiro; ii) na organização formal do território carioca; iii) nas formas possíveis de se reproduzir a história da cidade. Intenta-se manufaturar uma dissertação cuja forma seja compreendida como parte imprescindível do conteúdo, entendendo que enquanto a forma teria o poder de reproduzir hierarquias opressoras e excludentes, esta também poderia representar possibilidades de aberturas, ou até mesmo rupturas na produção de conhecimento acadêmico. Adota-se a ficção como método, aposta que vem sendo muito explorada por feministas descoloniais, a fim de criar uma narrativa sobre as remoções no Rio de Janeiro que abarque a interdisciplinaridade, a multiescalaridade e múltiplas formas de periodização da vida-memória. |