Crescimento e eficiência no uso da água por clones de eucalipto sob doses de potássio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Momentel, Luana Trevine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-30092016-155249/
Resumo: Nas últimas décadas, o aumento da demanda por produtos provenientes de plantios florestais resultou na expansão das áreas de plantio, principalmente para as regiões do Cerrado, onde as terras são mais baratas e extensas. Nessas regiões fronteiriças, as condições edafoclimáticas são diferentes das atuais regiões de plantio, apresentando regime pluviométrico irregular e escasso associado à altas temperaturas e elevada evaporação e diferentes tipos de solo, o que pode restringir o uso de genótipos de eucalipto nesses locais. Tal fato exige pesquisa acerca do efeito do estresse hídrico e da adubação potássica no comportamento morfofisiológico dos clones, uma vez que plantas bem nutridas com potássio resistem melhor ao estresse hídrico devido à maior retenção de água. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da omissão do potássio e, conseguintemente, do déficit hídrico nas respostas fisiológicas e de crescimento de seis clones de eucalipto. Desse modo, foi instalado em dezembro de 2011 um experimento na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (EECFI) pertencente à ESALQ/USP. O solo onde o experimento foi implantado é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico A moderado textura média. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com seis repetições, cada uma composta por doze tratamentos em um arranjo fatorial 6x2, sendo seis clones de eucalipto (COP 1404, COP 1407, AEC 042, AEC 224, AEC 144 e AEC 1528) e duas doses de potássio (0 kg.ha-1 e 140 kg.ha-1). As parcelas são retangulares, formadas por 25 árvores (5 linhas de 5 plantas) em espaçamento 3m x 2m. A área útil da parcela (onde efetivamente foram realizadas as avaliações) é composta pelas 9 plantas centrais. Foram realizadas avaliações das variáveis: DAP (cm), altura total (m), comprimento da copa (m), índice de área foliar (IAF) (m2/m2), área foliar específica (AFE) (m2/kg), deposição de folhedo (kg/ha), área foliar (cm2), densidade estomática (estômatos/mm2), dimensão dos estômatos (μm), volume total (m3/ha), análise nutricional do folhedo, incremento diamétrico através de cintas dendrométricas e dendrômetros de ponto eletrônicos. O efeito da omissão de potássio foi verificado para todos os clones, mas a resposta morfofisiológica dos clones foi diferente entre eles. Altura, comprimento de copa, área do limbo foliar, densidade estomática, diâmetro polar (DP) e diâmetro equatorial (DE) dos estômatos e variação cambial foram as variáveis que apresentaram efeito da interação clone-potássio. A variável DP mostrou resultados mais correlacionados com a produtividade dos clones que a variável densidade estomática, indicando que o DP influencia diretamente na eficiência de uso de água pela planta. A análise do incremento diamétrico mostrou que a atividade cambial é sazonal e que indivíduos dentro de um mesmo tratamento tem um ritmo de crescimento e responde de forma diferenciada às variações ambientais. Por fim, as variáveis morfofisiológicas que melhor explicam o maior grau de sucesso de alguns clones para resistir ao estresse hídrico são: comprimento de copa, IAF, deposição de folhedo e DP.