Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Reis, Edione Cristina dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-16122019-104755/
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Resumo: |
O inflamassoma NLRP3 desempenha um papel fundamental na ativação de células dendríticas (DC) em resposta a adjuvantes vacinais, no entanto, anteriormente foi demostrado que não é adequadamente ativado em DC de indivíduos infectados pelo HIV (HIV-DC), explicando, pelo menos em parte, a fraca resposta à imunização desses indivíduos. Levando em conta que vários receptores citoplasmáticos são capazes de ativar o inflamassoma, e que os componentes bacterianos são considerados eficientes adjuvantes, postulamos que a flagelina bacteriana (FLG), um ligante natural do inflamassoma NAIP/NLRC4, poderia resgatar a ativação do complexo em HIV-DC. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade da FLG em ativar adequadamente DC, principalmente HIV-DC, através da estimulação do inflamassoma. Para isso, doadores sadios (HD) e indivíduos infectados pelo HIV foram recrutados para isolamento de monócitos do sangue periférico e obtenção de DC. A ativação de DC pela FLG foi avaliada pelo perfil fenotípico, secreção de citocinas e capacidade de estimular a proliferação de linfócitos T CD4+ e a produção de IFN-γ. A clivagem da caspase-1, a expressão gênica, a formação de specks NLRP3 e NLRC4 foram analisadas para verificar a ativação do inflamassoma. A FLG ativou adequadamente HD-DC e HIV-DC, e foi capaz de estimular a ativação do inflamassoma em células de ambos os grupos. De fato, FLG induziu uma maior produção de IL-1ß em HIV-DC em comparação com LPS. Curiosamente, enquanto que em HD-DC a FLG ativou specks de NLRC4 e NLRP3, em HIV-DC specks de NLRP3 resultaram significativamente reduzidos. Além disso, NLRC4 e NLRP3 parecem estar colocalizados no complexo. Em conclusão, a FLG ultrapasssa o defeito NLRP3-inflamassoma em HIV-DC, através da ativação de NAIP / NLRC4, indicando um possível uso futuro do componente bacteriano como um eficiente adjuvante para indivíduos imunocomprometidos. |