Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Negrão, Mary Elly Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-29082016-115516/
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Resumo: |
Introdução: A exposição do feto a grandes quantidades de componentes tóxicos decorrente do consumo de tabaco e álcool durante a gestação pode acarretar problemas tais como prematuridade, baixo peso ao nascer, aborto e distúrbios no desenvolvimento infantil. Essa associação tem sido recentemente objeto de diversos estudos, porém os resultados são contraditórios devido aos métodos e amostras distintos. Objetivo: Estudar a associação entre o consumo de tabaco e/ou álcool pela gestante e o desenvolvimento infantil entre 13 e 30 meses de idade. Método: Estudo descritivo e analítico, prospectivo, de uma coorte de conveniência iniciada no pré-natal (2010), avaliada no nascimento e a partir do início do segundo ano de vida (2011/2013) no município de Ribeirão Preto, SP. A variável dependente foi o escore médio do desempenho dos filhos nas cinco subescalas da Bayley Scales of Infant and Toddler Development ® third edition - screening test (Bayley - III®). A variável exploratória foi o consumo de tabaco e/ou álcool na gestação, classificado como nenhum consumo, consumo isolado de tabaco ou álcool e consumo concomitante das substâncias. As diferenças entre as médias nos escores das cinco subescalas foram comparadas por meio de regressão linear, em quatro modelos: ajustado pelas faixas etárias de aplicação do teste, propostas no manual técnico da escala (modelo 1); ajustado pelas faixas etárias, por consumo de tabaco e/ou álcool na gestação e características da mãe, da gestação e do parto (modelo 2); ajustado pelas faixas etárias, por consumo de tabaco e/ou álcool na gestação e variáveis do seguimento das crianças (modelo 3); ajustado por todas as variáveis dos modelos anteriores (modelo 4). Resultados: Foram estudadas 998 mulheres, das quais 121 (12,1%) fumaram e 246 (24,6%) referiram ter consumido bebida alcoólica na gravidez. O consumo isolado de álcool foi três vezes maior (18,6%) do que o consumo apenas de tabaco (6,1%). O consumo combinado de tabaco e álcool durante a gestação foi de 6,0%, sem diferença segundo a faixa etária das crianças avaliadas (p>0.05). Não houve diferença nas médias do escore cognitivo segundo o consumo das substâncias em nenhum modelo. Consumo concomitante foi associado a menor média dos escores em ambas as subescalas de comunicação (diferença de 1,12 pontos para comunicação receptiva, IC95% 0,45 a 1,79; 1,19 pontos para comunicação expressiva, IC95% 0,31 a 2,07) e motoras (diferença de 1,20 pontos na subescala motora fina, IC95% 0,55 a 1,85; 0,70 pontos para subescala motora grossa, IC95% 0,13 a 1,28), em torno de um ponto em média, comparado com nenhum consumo de tabaco e álcool. Conclusão: Consumo concomitante de tabaco e álcool teve efeito significativo, porém pequeno, na média dos escores de comunicação e motores, mas não na subescala cognitiva. |