Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Caroline de Barros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191789
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Resumo: |
Introdução: A avaliação do índice glicêmico (IG) e da carga glicêmica (CG) da dieta, o percentual energético advindo de alimentos ultraprocessados (%UPP) e identificação de padrões alimentares (PA) são três das mais recentes formas de avaliação do consumo alimentar, permitindo uma avaliação global da dieta. Estas formas de avaliação, quando aplicadas a gestantes, podem contribuir para avançar no entendimento da influência da alimentação sobre desfechos de saúde materno-infantil. Objetivo: Avaliar a associação da alimentação durante gestação e o ganho de peso gestacional (GPG) e o peso ao nascer dos bebês investigando o consumo alimentar de três diferentes maneiras: 1. IG e CG; 2. %UPP e 3. PA. Métodos: Tratam-se de estudos observacionais, longitudinais, com dados advindos de um projeto matriz, no qual foram acompanhadas duas coortes de gestantes de risco obstétrico habitual de Botucatu-SP. Foram convidadas a participar todas as gestantes inscritas entre novembro de 2012 a junho de 2013 (n=353) na rede de atenção primária à saúde do município. Em cada trimestre gestacional, aplicaram-se dois inquéritos do tipo recordatório alimentar de 24 horas, um por entrevista presencial e outro por telefone, referentes a dia de semana e final de semana; os dados foram processados no software Nutrition Data System for Research (NDSR). O IG e a CG da dieta foram obtidos no próprio software; o %UPP foi calculado segundo a classificação NOVA; para identificação dos PA, realizou-se análise de componentes principais. O peso ao nascer em gramas foi obtido no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, com cálculo do escore-z segundo sexo e idade gestacional ao nascimento, de acordo com as diretrizes do International Fetal and Newborn Consortium for the 21st Century (INTERGROWTH-21st). O ganho ponderal gestacional no segundo e terceiro trimestre foi estimado com base nos dados registrados nos prontuários adotando-se as recomendações e classificações do Institute of Medicine. Ao final do seguimento, 267 gestantes foram acompanhadas. A associação entre exposições e desfechos foi realizada com modelos de regressão linear ou logística, conforme natureza da variável de desfecho, corrigidos por coorte e pelas variáveis potencialmente confundidoras. As análises foram realizadas no software STATA versão 14.2, considerando p<0,05 como estatisticamente significante. Resultados: O aumento de um ponto no IG significou diminuição de, em média, 12 gramas no GPG semanal. O aumento de um ponto no %UPP expressou, em média, 2g a mais no GPG semanal no segundo e terceiro trimestres. O aumento de um ponto no escore de adesão ao padrão Integral, Frutas, Legumes e Leite com baixo teor de gordura e Derivados do Leite no segundo trimestre gestacional representou um aumento 26,7 gramas no GPG semanal, mas não se manteve com o ajuste da energia. Conclusões: Diferentes avaliações do consumo alimentar durante a gestação revelaram associações com o ganho de peso gestacional, seja de maneira positiva ou negativa, contudo associações estatisticamente significativas com o peso ao nascer dos bebês não foram observadas. A importância da alimentação durante a gestação confirmou seu papel no desfecho do GPG, mas não encerra as investigações no campo, pelo contrário, amplia sua necessidade. |