Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ana Paula Alves Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-20042012-163817/
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Resumo: |
Sabemos que o câncer é considerado um problema de saúde pública, muitas são as pessoas acometidas por esta enfermidade e a tendência é que aumente cada vez mais. Paralelo às enormes proporções de incidência do câncer está o aumento no número de pessoas que alcançam sucesso no tratamento oncológico, surgindo um novo grupo: os sobreviventes de câncer. Neste trabalho, entendemos como sobrevivente de câncer o paciente que está há no mínimo cinco anos fora de tratamento, sem apresentar evidência da doença. Sendo assim, define-se como objetivo geral desta pesquisa: discutir os aspectos emocionais de pacientes que terminaram o tratamento oncológico há no mínimo cinco anos. A amostra é constituída por dez participantes que tiveram câncer adulto e terminaram o tratamento oncológico há no mínimo cinco anos em um hospital público da cidade de Aracaju. Para a coleta de dados desta pesquisa foi elaborado um roteiro de entrevista semi-estruturada. Os dados foram analisados de forma qualitativa, utilizando a técnica de análise de conteúdo. Assim, este trabalho mostra que, sobreviver ao câncer é uma experiência complexa, ligada ao modo de enfrentamento e adaptação de cada um. Constitui-se um desafio para os sobreviventes apropriar-se da condição de curado, uma vez que a possibilidade de volta da doença é algo a se considerar, sendo necessário que o sobrevivente consiga elaborar a experiência passada e conviva com a incerteza do futuro. O presente estudo reflete ainda sobre a importância de que não se trata apenas de curar o paciente, mas de oferecer meios para que possa retomar sua vida, integrar-se ao seu meio social. Nesse contexto, a equipe de saúde deve incluir em seus planos terapêuticos ações além dos aspectos clínicos da doença, preocupando-se também com o apoio emocional e social, promovendo o aprimoramento de habilidades de enfrentamento para lidar com a nova condição de saúde e libertar-se do passado, auxiliando os sobreviventes a conviver com esta dualidade que é inerente a vida |