Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eliana Maria de Almeida Monteiro da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-05072009-234006/
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Resumo: |
Clara Josephine Wieck, Clara Schumann após o casamento com o compositor Robert Schumann, foi das poucas crianças-prodígio que asseguraram sua fama e reconhecimento como virtuosas do piano por toda a vida. A história de sua longa carreira como concertista (63 anos), reflete a história da vida musical do século XIX. E seu nome aparece como grande influência na mudança de hábitos que se deu entre seu primeiro recital público, em 1828, e o último, em 1891; em termos de escolha de repertório, programação de turnês, os papéis desempenhados pela criança-prodígio e pela mulher profissional, além da atitude do público frente às propostas musicais que surgiam por vezes, antagônicas. Como compositora, porém, sua atuação não alcançou as mesmas proporções, apesar de suas peças terem agradado não só ao público, mas também a grandes mestres de seu tempo como Robert Schumann, Félix Mendelssohn, Frederick Chopin, Franz Liszt e Johannes Brahms, por exemplo. As dificuldades por que passou durante a vida a fizeram escolher entre a criação e a performance, ao que ela optou pela segunda, sem remorsos. Seus relatos atestam que a prática do instrumento, o contato com o público e a satisfação de divulgar obras cuja importância, como conhecedora do métier, sabia reconhecer, faziam parte de sua própria essência como indivíduo. Ademais, composições feitas por mulheres não eram incentivadas nem levadas a sério na primeira metade do século XIX, e a própria Clara Schumann era insegura em relação à qualidade da sua obra. Este trabalho vem demonstrar que a criação musical de Clara Schumann, relegada a um segundo plano pela própria compositora, merece ser tão divulgada como a de qualquer outro compositor do século XIX, uma vez que discute as mesmas questões propostas por eles, com um nível elevadíssimo de elaboração. Um breve histórico comentado de suas composições e a análise de seu ciclo de variações Op. 20 atestam a excelência de sua obra. |