Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Maria Berenice Simões de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-22092015-103615/
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Resumo: |
Da longa experiência em sala de aula fazendo música com crianças, surgiu a questão: por que o espaço para a criação não faz parte da maioria dos métodos e das práticas dos professores de piano? Esse questionamento levou a outros sobre como ensinar piano criativamente e como guiar a construção do pensamento musical das crianças. Sem rejeitar os aspectos técnicos, a notação tradicional e a prática de música erudita na formação pianística, a busca por novas possibilidades de ensino vinha da consideração de que não se deveria restringi-lo a um repertório limitado, a um só tipo de notação e à interpretação como única forma de expressão musical. O constante desafio oferecido por alunos curiosos, indagadores, vibrantes e musicais também me impulsionou a olhar mais atentamente para suas produções musicais e a ouvir suas ideias sobre seu fazer musical. A partir dessas considerações, esta dissertação propõe uma reflexão pedagógico-musical disparada por relatos de experiência com meus alunos de piano da Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA). Apresento quatro composições, uma livre improvisação e duas entrevistas livres. Uma breve história do ensino de piano no Brasil e uma revisão concisa de métodos adotados na pedagogia pianística brasileira fundamentam historicamente esta pesquisa. Também analiso alguns que apresentam propostas de criação. Como referencial teórico, exponho as ideias de Hans-Joachim Koellreutter (1915- 2005) e de Violeta Hemsy de Gainza (1930-) sobre um fazer musical criativo e a necessária transformação da relação professor-aluno para que se desenvolva uma educação musical mais aberta. Discorro também sobre as ideias da pianista Moema Craveiro Campos e das educadoras musicais Maria Teresa Alencar de Brito e Viviane Beineke, profundamente ligadas ao pensamento de Koellreutter e Gainza. Contribuem, ainda, com esse corpus, conceitos sobre criatividade defendidos por pesquisadores ingleses das últimas décadas - Pamela Burnard, Anna Craft, Teresa Cremin e Bob Jeffrey -, como aprendizagem criativa, possibility thinking e voz do aluno. As reflexões aqui apresentadas visam contribuir com a educação musical através do piano, para que seja agenciadora de encontros criativos entre crianças e músicas. |