Avaliação dos efeitos do tabagismo na constituição do tecido ósseo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Kohler, Júlia Benini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-09052023-114015/
Resumo: Estudos clínicos demonstraram o impacto do tabagismo na fragilidade do tecido ósseo e maior incidência de fraturas. No entanto, os mecanismos fisiológicos envolvidos nesses eventos não são completamente compreendidos. Anteriormente, mostramos alterações importantes nos componentes do tecido ósseo em um modelo experimental de exposição à fumaça de cigarro (CS). A exposição ao CS induz piora da mineralização óssea e diminuição da deposição de Colágeno Tipo I, levando à fragilidade óssea. Considerando que a maioria dos estudos clínicos descrevem alterações estruturais ósseas por meio de imagens radiográficas, neste estudo realizamos análises in situ usando amostras de tecidos de fumantes, ex-fumantes e não fumantes para entender melhor como o processo inflamatório induzido pela exposição ao fumo pode interferir na atividade celular levando a alterações estruturais ósseas. Observamos níveis aumentados de IL-1, IL-6 e TNF- no homogenato do tecido ósseo com aumento concomitante da apoptose osteoblástica em fumantes e ex-fumantes quando comparamos com não fumantes. Alterações histológicas em fumantes e ex-fumantes foram caracterizadas por uma redução no Colágeno Tipo I. Apenas em fumantes foi observado aumento do Colágeno Tipo V e diminuição da área trabecular, sugerindo aumento da reabsorção óssea. Esses resultados mostraram que a apoptose osteoblástica em associação com o aumento da reabsorção óssea acarreta alterações estruturais do tecido ósseo em fumantes, predispondo estes indivíduos a maior fragilidade óssea