Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Junqueira, Jader Joel Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-31082021-093811/
|
Resumo: |
Introdução: O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), além de ser reconhecido por sua ação deletéria sobre o metabolismo ósseo, promovendo redução da densidade mineral óssea, o estímulo à osteoclastogênese e a inibição da osteoblastogênese. Entretanto, os mecanismos fisiológicos envolvidos nestes processos ainda não estão totalmente esclarecidos. Objetivo: Avaliar o efeito temporal da exposição à fumaça de cigarro sobre o remodelamento ósseo durante o desenvolvimento da DPOC em modelo experimental. Materiais e Métodos: Foram utilizados 66 camundongos C57BL/6 machos jovens adultos (6-8 semanas). Os animais foram alocados em três grupos: Controle (C), 30 animais expostos a ar filtrado durante 1 mês (C1=10), 3 meses (C3=10) e 6 meses (C6=10); Fumo (F), 30 animais expostos à fumaça de cigarro durante 1 mês (F1=10), 3 meses (F3=10) e 6 meses (F6=10); Fumo Provisório (FP), 6 animais expostos à fumaça de cigarro durante 3 meses, seguido de mais 3 meses expostos à ar filtrado até a eutanásia. Todos os animais foram submetidos a avaliação da mecânica respiratória (Raw, Gtis e Htis) e análise do intercepto linear médio pulmonar (Lm) para caracterização da presença da DPOC. Também foi feita extração femoral e tibial bilateral para avaliação da: composição celular e da matriz mineral óssea (histomorfometria); matriz fibrilar óssea (imunofluorescência para colágenos tipo I e V); expressão de citocinas e fatores de crescimento (ELISA pra BMP-2, RANKL e OPG) e avaliação da expressão gênica de COL1A1 (RT-qPCR). Resultados: A exposição à fumaça de cigarro gerou: redução da resistência (Gtis) e elastância (Htis) do tecido pulmonar a partir do 3o mês, progressiva ao longo do tempo, sem melhora no grupo FP; destruição do parênquima pulmonar com aumento do Lm a partir do 1o mês, sem efeito progressivo ao longo do tempo e sem melhora no grupo FP; piora dos parâmetros estruturais ósseos pela histomorfometria com 6 meses de seguimento; redução de colágeno tipo I e aumento de colágeno tipo V a partir do 1o mês, com efeito progressivo ao longo do tempo quanto a redução de colágeno tipo I e ainda com redução de colágeno tipo V no grupo FP; redução da relação OPG/RANKL a partir do 3o mês, sem efeito progressivo ao longo do tempo e sem melhora no grupo FP; redução na expressão gênica de COL1A1 a partir do 3o mês, sem efeito progressivo ao longo do tempo, mas com uma melhora evidenciada no grupo FP, porém sem retomada efetiva da composição trabecular óssea de colágeno tipo I. Conclusão: A exposição a fumaça de cigarro gera uma piora progressiva de parâmetros arquiteturais ósseos ao longo do desenvolvimento da DPOC, sendo que alguns deles ocorrem antes mesmo da piora dos parâmetros respiratórios. A pausa da exposição a fumaça de cigarro gerou um aumento da expressão gênica de COL1A1, porém sem retomada da composição trabecular óssea de colágeno tipo I. |