Resumo: |
Em pacientes com doença renal crônica (DRC), a qualidade e a quantidade óssea podem deteriorar-se devido a diversos fatores, acarretando aumento de fraturas ósseas. Dentro do conceito em que os hormônios são regulados por um ciclo de reciprocidade, estudos têm levantado a ideia de possíveis participações do osso no metabolismo energético. Até o momento, poucos estudos foram realizados no intuito de investigar os efeitos provocados pelo treinamento resistido na densidade óssea de pacientes renais crônicos, e nenhum deles verificou os efeitos de exercícios resistidos sobre os níveis séricos de adipocinas e marcadores ósseos nestes pacientes. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar possíveis alterações na densidade óssea, marcadores de formação óssea e metabolismo do tecido adiposo em pacientes com DRC em hemodiálise (HD), após aplicação de um programa de treinamento com exercício físico resistido. Este estudo incluiu 28 pacientes em HD (47,6 ± 11,1 anos, 19 homens), com tempo de HD de 39,0 (19,2- 60) meses, divididos em grupo exercício (GE) (n= 14) e grupo controle (GCON) (n= 14). O sangue dos pacientes foi coletado, antes e após o período de intervenção. Níveis plasmáticos de marcadores séricos ósseos, osteocalcina (OC), osteopontina (OPN), osteoprotegerina (OPG), leptina, insulina e paratormônio foram medidos. A densidade mineral óssea (DMO) e a composição corporal foram avaliadas por absortometria de Raio X de dupla energia (DXA). O programa de exercício (realizado com faixas elásticas e caneleiras em ambos os membros inferiores, durante a diálise) foi supervisionado durante 72 sessões. Todas as mulheres e 72,0% dos homens apresentaram baixa DMO e, a maioria (79,5 %) dos pacientes apresentou alto percentual de massa gorda (MG). Os níveis plasmáticos de OPG aumentaram no GE (de 6,8 ± 1,8 ng/L para 7,8 ± 1,8 ng/L, p= 0,02). Na comparação entre os grupos, houve significante melhora da DMO do fêmur total e do trocanter femoral no GE após o período de intervenção. Os níveis plasmáticos de leptina correlacionaram-se com DMO total somente entre os homens (r= 0,41, p= 0,046). Em conclusão, estímulos osteogênicos podem ser desencadeados pelo exercício nos pacientes HD |
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