Memorial da América Latina 33 anos depois: da integração sonhada aos dilemas contemporâneos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rascov, Eduardo Cesar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-14072023-170046/
Resumo: Esta dissertação sobre a Fundação Memorial da América Latina se inicia com uma reflexão sobre o método utilizado. Isso porque se entendia que, sendo o pesquisador funcionário de carreira da Fundação, há mais de 20 anos, esse fator por si só levaria a vantagens e a dificuldades decorrentes da extrema familiaridade com o objeto de estudo. Objeto de estudo, aliás, relacionado à memória e ao tempo, posto que é um \"Memorial\". Com efeito, as próprias partes constituintes do seu nome, \"Memorial\", \"América\" e \"Latina\", foram problematizadas. Para enfatizar (e não esconder) a complexidade das qualidades e características - difíceis de definir, mensurar e apreender - de algo que se apresenta com um \"Memorial da América Latina\", optou-se por escrever de forma memorialista, sem desconsiderar o rigor científico. Verifica-se como o sonho de integração latino-americana, razão de ser do Memorial, permaneceu vivo desde Simón Bolívar. Tendo isso de fundo, este estudo é uma história da criação do Memorial a partir de fontes originais guardadas na Fundação Darcy Ribeiro (Fundar), de Brasília, e na própria biblioteca do Memorial da América Latina. Além dos documentos, analisou-se a bibliografia concernente ao tema, em especial os escritos de Darcy Ribeiro. Foram, ainda, entrevistados personagens-chaves, como os ex-funcionários Felipe Macedo, Jussara Carbonaro, Maureen Bisilliat e Fábio Magalhães. Quais eram os planos, os sonhos e os anseios dos criadores do Memorial - Orestes Quércia, então governador de São Paulo, Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro? Como o projeto de Quércia se relacionava com a atividade de vida inteira do ex-governador Franco Montoro? Como Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro, já no primeiro ano do Memorial, anteviram os riscos que a instituição corria? E o que aconteceu, depois de 33 anos de vida, com o Memorial? Por fim, qual a mensagem que a geração atual enviaria a Darcy Ribeiro, se pudesse, para lhe explicar no que o Memorial se transformou e sugerir formas de ressignificá-lo?