Menino veste azul e menina veste rosa: a discriminação de gênero sob a perspectiva do pink tax

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Viana, Renata Kaori Tani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-21032023-095746/
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar a presença do pink tax na categoria infantil nas maiores redes varejistas brasileiras. As hipóteses da pesquisa são: sob a lente da Teoria da Interseccionalidade, (i) produtos infantis voltados ao público feminino são mais caros do que os mesmos produtos voltados ao público masculino; e, à luz da Teoria da Sinalização, (ii) quão mais sinalizado o produto for quanto a identificação de gênero do seu público-alvo, maior será a discrepância dos preços praticados. Identificou-se o gênero através das cores, dos designs e da linguagem dos produtos. A amostra foi composta por 800 produtos de quatro tipos: bicicletas, bouncers, chupetas e mamadeiras. A técnica estatística utilizada é a regressão linear (método dos mínimos quadrados ordinários). Contrapondo a literatura, os resultados indicaram não haver relação entre os preços praticados e o público-alvo, rejeitando a primeira hipótese. Além disso, ainda que o grau de sinalização impacte o preço final, produtos mais sinalizados ao público feminino não aumentam o preço praticado especificamente para esse público-alvo, rejeitando a segunda hipótese. Acredita-se que os resultados decorrem da comparação de produtos equivalentes (idênticos ou similares), método não adotado por estudos anteriores.