Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mioto, Verônica Carneiro Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-16112017-092804/
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Resumo: |
A disfunção tireoidiana durante a gestação cursa com maior morbidade materno-fetal. A deficiência de iodo continua sendo uma causa importante de disfunção tireoidiana. O estado de São Paulo é considerado uma região suficiente em iodo. No entanto, as gestantes são consideradas grupo de risco para deficiência iódica devido a maior necessidade de produção dos hormônios tireoidianos ao longo da gestação. Este trabalho objetiva avaliar a suficiência iódica de gestantes residentes em São Paulo e correlacionar as concentrações de iodo com os valores dos hormônios tireoidianos em cada trimestre de gestação. Métodos: Foi realizado estudo transversal com gestantes em pré-natal de baixo risco nos três trimestres de gestação. Foram analisadas 251 mulheres sem doença tireoidiana prévia ou atual, com autoanticorpos antitireoidianos negativos e que não estavam em uso de polivitamínico contendo iodo. A concentração de iodo urinário foi feita em amostra isolada pelo método Sandell- Kolthoff. As dosagens de TSH, T4, T3, T4 livre (T4L), T3 livre (T3L), tireoglobulina (TG), globulina ligadora da tiroxina (TBG) anticorpo antitireoperoxidase (AntiTPO), antitireoglobulina (AntiTG), estradiol e hCG foram feitas por método eletroquimioluminescente. Ultrassonografia da tireoide foi realizada com aparelho Philips IU-22 e transdutor 7,5-12 mHz. Resultados: Os valores de TSH correspondentes aos percentis 2,5 e 97,5 foram 0,38 uIU/mL e 4,23 uIU/mL, respectivamente. Observou-se valores de TSH > 2,5-3,0 uIU/mL em 13,1% gestantes. Valores de TSH > 4 uIU/mL foi observado em 3,6% dos casos. Os valores de T4T e T3T correspondentes aos percentis 2,5 e 97,5 foram 7,8 ug/dL e 16,1 ?g/dL; 122 ng/dL e 249 ng/dL, respectivamente. Os valores de T4l e T3l correspondentes aos percentis 2,5 e 97,5 foram 0,76 ng/dL e 1,42 ng/dL; 0,21 ng/dL e 0,36 ng/dL, respectivamente. Houve aumento significativo na relação T3:T4 ao longo dos trimestres e, em 8% das amostras, essa relação estava acima do valor de referência para gestantes. As dosagens de iodúria não apresentaram diferenças estatísticas entre os três trimestres da gestação. As medianas foram 135ug/L, 153ug/L e 140ug/L, respectivamente. Encontramos iodúria < 150ug/L em 52,2% das gestantes. Comparando o grupo com iodúria < 150ug/L (deficiente em iodo) e o grupo com iodúria entre 150-250ug/L (suficiente em iodo), observou-se diferença significativa nos valores de TSH e de T3 nas gestantes do 2o Trimestre (média de TSH = 2,24 uIU/mL e TSH = 1,78 uIU/mL e média de T3 = 196 ng/dL e T3 = 181 ng/dL entre o grupo deficiente e suficiente, respectivamente). Não houve diferenças significativas entre os valores de TG e o volume tireoidiano ao longo dos trimestres. Conclusão: A frequência de hipotireoidismo subclínico variou de 3,6% a 13,1%, dependendo dos critérios adotados. Não foi possível estabelecer a frequência de hipotiroxinemia materna, devido à ausência de valores de corte de T4l estabelecido na nossa população. Foi encontrada deficiência iódica em 52,2% das gestantes avaliadas. Embora estas gestantes apresentem deficiência leve de iodo, foram necessários mecanismos adaptativos para equilibrar a função tireoidiana materna com possível produção preferencial de T3, aumento da relação T3:T4 e valores mais elevados de TSH. Conclui-se que, embora esta seja uma região suficiente em iodo, as mulheres poderiam se beneficiar com a suplementação deste nutriente durante a gestação |