Vivências de enfermeiros no cuidado a criança, vítima de violência intrafamiliar: uma análise fenomenológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Prado, Simone Isidoro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-22072011-115617/
Resumo: O fenômeno da violência é identificado como de difícil apreensão pelo grau de subjetividade e complexidade que contém, devendo ser analisado sob inúmeras perspectivas. A violência contra a criança privilegia as causas do problema e suas conseqüências físicas associadas às experiências acometidas no âmbito familiar. Este estudo apresenta a análise do fenômeno na perspectiva do enfermeiro, considerando o contexto de cuidado à criança, vítima de violência como seu mundo-vida. Para tanto, teve como objetivo Compreender o típico da vivência dos enfermeiros no cuidado à criança, vítima de violência intrafamiliar, em unidades de emergência, cuidados intensivos e de internação. Foi conduzido um estudo qualitativo, tendo como referencial a Fenomenologia Social de Alfred Schutz. Foram realizadas entrevistas fenomenológicas com 15 enfermeiros que atuavam em unidades de emergência pediátricas, terapia intensiva infantil e unidades de internação na cidade de São Paulo, tendo como foco sua vivência de cuidado à crianças vítimas de violência intrafamiliar. A análise pautada na teoria motivacional de Schutz permitiu a descrição do tipo vivido apoiado em três categorias concretas do vivido que expressam aspectos significativos da experiência do enfermeiro: (1) o contato com a violência, (2) reações ambivalentes e (3) atitude profissional protetora. Os resultados revelaram que o mundo-vida do enfermeiro é identificado, como um mundo de muitas diversidades onde lidar e cuidar da criança, vitima de violência é definido como uma vivência geradora de sofrimento. O mundo-vida do enfermeiro é intersubjetivo, desde seu início e as ações nele exercidas são eminentemente sociais. As motivações do enfermeiro que apontam para o futuro e explicam o projeto de ação em função das vivências pessoais são evidenciadas na geração de um ambiente protetor, diante da violência à criança.