Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Braga, Danielle Aparecida Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-20092013-104636/
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Resumo: |
Introdução: A criança que requer cuidados intensivos deve ser considerada tanto no aspecto biológico como no seu desenvolvimento, os processos que podem agredi-la devem ser minimizados, ou eliminados, e ela deve ser apoiada sempre que enfrente alguma situação potencialmente estressante, para seu atendimento não se tornar iatrogênico, buscando atender suas necessidades e pautar na perspectiva da integralidade, o que significa um cuidado além da prática biomédica. Objetivo: Descrever e analisar o cuidado da enfermeira à criança hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), com foco no desenvolvimento infantil. Método: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado numa UTIP, de um hospital privado de grande porte, filantrópico, geral, localizado na cidade de São Paulo e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. A coleta de dados em oficinas pedagógicas incluiu oito enfermeiras, cada uma participando de dois encontros. Dados submetidos à análise temática de conteúdo, interpretados de acordo com o referencial das necessidades essenciais da infância. Resultados: A categoria Concepções e práticas da enfermeira no cuidado para o desenvolvimento infantil na UTIP descreve as ações das enfermeiras e aspectos relativos à situação da internação que impactam sobre a criança e, portanto, devem ser considerados em suas atividades de cuidado, visando as necessidades da criança para além do motivo da hospitalização. Contudo, as enfermeiras não nominam essas ações como cuidado de enfermagem e sim como comportamentos naturais, e, deste modo, são realizados de acordo com a visão de cada enfermeira, sem sistematização, ou constância. A categoria Facilidades e dificuldades da enfermeira no cuidado para o desenvolvimento infantil na UTIP descreve os aspectos facilitadores nas práticas institucionalizadas como atenção ao conforto físico, à história e hábitos da criança, o brincar, as informações fornecidas na admissão, os laços entres os familiares, aspectos que fortalecem o cuidado e o processo de hospitalização. Inclui também as dificuldades, decorrentes do modelo hegemônico biomédico, que vão de encontro ao cuidado para a promoção do desenvolvimento, e atividades burocráticas existentes no contexto de trabalho que reduzem o tempo da enfermeira voltado ao cuidado da criança e da família. A categoria Perspectivas da enfermeira sobre o cuidado para o desenvolvimento da criança na UTIP descreve a necessidade de uma filosofia, teoria e instrumentos para orientar o cuidado, comuns a toda a equipe multiprofissional, a partir da mudança de compreensão dos profissionais acerca do cuidado integral à criança, que poderia ser alcançada por meio de reflexão sobre o fazer envolvendo a todos, em atividades como workshops e cursos sobre promoção do desenvolvimento e cuidado integral. Conclusões: Embora as enfermeiras se percebam realizando ações favoráveis ao desenvolvimento da criança reconhecem que garantir o desenvolvimento infantil saudável, na situação de hospitalização na UTIP, é algo a ser alcançado, mediante ações sistematizadas e norteadas por objetivos comuns a toda a equipe de saúde e reconhecidas como cuidado profissional. As oficinas pedagógicas contribuíram para a reflexão, troca de experiência e proposição de ações de melhoria do cuidado à saúde da criança, referidas como estratégias formativas que podem favorecer tais mudanças. |