Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Scalco, Andréia Zavaloni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-02042007-120815/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Frente às evidências de que a depressão associa-se a eventos cardíacos, morte súbita, desenvolvimento de coronariopatia, e maior mortalidade por causas cardiovasculares, torna-se muito importante estudar as possíveis causas das alterações cardiovasculares na depressão. Alterações de sistema nervoso autonômico (SNA) vêm sendo descritas em pacientes deprimidos. Os estudos sobre funcionamento do SNA têm utilizado a dosagem de catecolaminas séricas e urinárias e análise de VFC, que são avaliações indiretas do funcionamento do SNA. Avaliações diretas, como a microneurografia, aparentemente ainda não foram utilizadas no estudo do funcionamento do SNA em pacientes com depressão maior. MÉTODOS: Neste estudo o comportamento do sistema nervoso simpático em indivíduos deprimidos, em período basal e após teste de estresse mental, foi comparado com controles. Realizaram as avaliações: 19 pacientes com depressão maior e 15 controles, com 18 a 45 anos de idade. Indivíduos que apresentassem condições médicas e/ou uso de medicamentos que pudessem interferir com o comportamento do sistema nervoso autonômico não foram incluídos. A avaliação psiquiátrica incluiu a administração da Escala de avaliação para depressão de Montgomery e Asberg (MADRS) e Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV - Transtornos do Eixo I - Versão 2.0 (SCID-I /P). Atividade nervosa simpática muscular (ANMS) foi medida pela microneurografia. Fluxo sangüíneo muscular (FSM) no antebraço foi medido pela técnica de peltismografia de oclusão venosa. A pressão arterial (PA) foi monitorizada de forma não invasiva por um manguito inflado automaticamente, e a freqüência cardíaca (FC) foi medida por eletrocardiograma. O registro basal foi realizado por 3 minutos, seguido de teste de cores, que foi realizado por 4 minutos. RESULTADOS: Os grupos de pacientes deprimidos e controles não diferiram significativamente em relação a idade, peso e índice de massa corpórea. Os grupos de pacientes deprimidos e controles não apresentaram diferenças significativas nos valores de ANSM, PA sistólica, PA diastólica, PA média, FC, FSM e condutância vascular no antebraço no período basal. Não houve diferença significativa na reatividade ao estresse mental entre os grupos. Houve correlação positiva e significativa (0,84; p=0,0001) entre os valores de MADRS e de ANSM média no período basal dos pacientes com depressão. Houve correlação positiva e significativa (0,70; p=0,01) entre os valores do item tensão da MADRS e de ANSM média no período basal dos pacientes com depressão. CONCLUSÕES: Não foram encontradas diferenças nas medidas basais de atividade simpática entre indivíduos deprimidos e controles. Também não foram encontradas diferenças na reatividade cardiovascular a teste de estresse mental entre os grupos. Houve uma correlação positiva e significativa entre sintomas depressivos e atividade nervosa simpática muscular (ANSM), medida por microneurografia. Houve também uma correlação positiva e significativa entre sintomas ansiosos e ANSM. |