Voluntariado em hospitais : uma análise institucional da subjetividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ortiz, Marta Cristina Meirelles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-17012008-160303/
Resumo: Esse trabalho tem por objetivo investigar a prática do voluntariado hospitalar por meio da realização de entrevistas com voluntários a fim de compreender a produção da subjetividade no discurso desses agentes institucionais. Empreende-se inicialmente um levantamento histórico sobre o voluntariado, assim como do nascimento do hospital e das práticas caritativas a ele relacionadas. A discussão teórica começa com a problematização do mandamento cristão do amor ao próximo à luz da psicanálise de Sigmund Freud e de sua releitura por Françoise Dolto. Discute-se também a desconstrução do sujeito em Michel Foucault e suas relações com o conceito de \"sujeito-dobradiça\" em Marlene Guirado. Para a pesquisa são realizadas entrevistas semidirigidas com oito voluntários em hospitais, provenientes de quatro grupos distintos. As entrevistas são analisadas com o método de análise de discursos elaborado por Marlene Guirado. A partir dessas análises, constata-se que o voluntariado tem como objeto institucional não a cura, mas o bem-estar. Apesar de as recorrências serem marcantes nas falas dos entrevistados, os procedimentos e relações constituídas por, e constituintes do, voluntariado são dispostos de maneira diversa nos diferentes grupos. Suas práticas são desenvolvidas intersticialmente na contramão da instituição hospitalar. A produção de subjetividades no voluntariado se dá pelas diversas formas como são construídas as relações de proximidade possíveis entre voluntários e pacientes.