Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Machado, Marta Corrêa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-05032013-194401/
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Resumo: |
O propósito deste trabalho é contribuir para o entendimento da gestão de pessoas em estúdios de animação enquanto ambientes da indústria criativa brasileira. Ao realizar um estudo qualitativo em quatro estúdios de animação brasileiros, constatou-se que as práticas de gestão de pessoas nesse setor ainda são bastante incipientes, recebendo pouca atenção de seus gestores, que contam com um corpo administrativo insuficiente para atender às diversas questões associadas ao gerenciamento dos recursos humanos. Quatro dilemas fundamentais enfrentados pelos gestores desse segmento da indústria criativa vieram à tona através dos dados levantados. O primeiro deles diz respeito ao tamanho da organização. Há uma percepção por parte da maioria dos entrevistados que o crescimento ampliaria os problemas a serem gerenciados e que se manter pequeno significa também manter os problemas em número mais controlável. O segundo dilema perpassa a contraposição da imagem do artista e do empresário, sendo que a primeira parece mais valorizada que a segunda pelos entrevistados. O terceiro dilema está conectado também a essa percepção e diz respeito à opção pela dedicação exclusiva à realização de conteúdos autorais ou a prestação de serviços para terceiros em paralelo à criação de conteúdos próprios. O quarto dilema se refere à combinação harmônica entre a forte motivação intrínseca encontrada nos trabalhadores do setor e a implantação de sistemas gerenciais que alavanquem o potencial operacional dessas empresas. De certo modo, é a existência natural dessa motivação que fez a animação brasileira chegar até aqui, produzindo seus conteúdos apesar da ausência de uma estrutura empresarial que a sustentasse. No estágio em que se encontra, essa indústria precisa valer-se dessa motivação, associada à instrumentalização gerencial de seus dirigentes, para dar o salto que tornará o produto gerado nesse sistema algo competitivo e comercializável em várias partes do mundo. É preciso, no entanto, construir essa transição com muito cuidado para não esbarrar no perigo que Eikhof e Haunschild (2007) comentam: de que a prática comercial se sobreponha à prática artística, matando justamente o recurso fundamental desse setor e que tanto motiva seus atores, o exercício da criatividade. |