Ecce homo, a fisio-psicologia de um tipo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira, Márcia Rezende de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-07022008-111019/
Resumo: No presente estudo, pretendemos realizar uma leitura de Ecce homo balizada pelo procedimento genealógico, pela fisio-psicologia e pela tipologia presentes no pensamento de Nietzsche. Acreditamos que a mudança que se opera no tratamento do humano a partir dessas três noções permite a Nietzsche, em Ecce homo, realizar uma espécie de duplo movimento. Por um lado, o filósofo realiza a máxima afirmação da vida e de si mesmo, dando expressão a uma série de estados afetivos que o constitui. Por outro lado, ao afirmar-se, Nietzsche marca oposição -- e nisso talvez certa transvaloração -- a um estado de coisas marcado pela desvalorização da efetividade. Nossa hipótese é de que podemos ler a obra em questão como sendo a apresentação de um tipo, o \"tipo Nietzsche\". O Nietzsche que se conta em Ecce homo é aquele que se constitui em oposição à moral socrático-platônico-cristã que predomina no ocidente. E mais que isso é um tipo que, segundo o filósofo, possui o pathos filosófico dionisíaco, ou seja, o tipo forte, saudável e que tem como prerrogativa a afirmação da vida.