Entre e vá para o diacho: O morro dos ventos uivantes enquanto obra dialética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Vinícius Domingos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-30052018-115739/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar o romance O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë, tendo como foco suas contradições internas, que, em conjunto, foram nomeadas estrutura de tensões. É essa estrutura de tensões que transforma tal romance em uma obra dialética, na qual as tensões existem não somente no plano do conteúdo como também no da forma. Nosso estudo se concentra, respectivamente, na questão estilística e na questão da estrutura narrativa, sabendo que há outras questões de interesse, mas vendo nelas uma importância mais primária, pois remetem a aspectos formais mais imediatos. Num primeiro momento, procuramos entender o funcionamento das tensões que diferentes formas góticas, míticas e fantasmagóricas instauram no tecido realista da obra. Num segundo momento, o objetivo foi compreender a problemática do foco narrativo, concentrando-nos especialmente no discurso não confiável do narrador primário Lockwood, ao qual a crítica pareceu não dar a atenção devida. Por fim, procuramos argumentar que a obra de Emily Brontë não somente nasce de uma crise histórico-social, como também coloca em evidência aspectos da crise da forma romance, logrando expor alguns de seus limites ideológicos.