Terapia fotodinâmica antimicrobiana: avaliação in vitro e in vivo do efeito de diferentes fotossensibilizadores na inativação da endotoxina bacteriana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Couto, Ana Carolina Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-06102022-111633/
Resumo: O lipopolissacarídeo (LPS) bacteriano de bactérias Gram-negativas está envolvido na patogênese de diversas doenças na Odontologia. A Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (aPDT) têm se mostrado uma modalidade terapêutica complementar promissora para doenças periodontais e endodônticas, em que microrganismos estão diretamente envolvidos. Sendo assim, entender o papel de diferentes componentes da aPDT na inativação do LPS bacteriano pode ajudar a estabelecer melhores protocolos de tratamento e aprimorar ainda mais seu uso clínico. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar in vitro e in vivo a eficácia de diferentes fotossensibilizadores (FSs) empregados na aPDT, na inativação do lipopolissacarídeo (LPS) liofilizado de Escherichia coli. Quatro fotossensibilizadores foram selecionados para este fim, sendo eles os fenotiazínicos Azul de Toluidina (AT), Azul de Metileno (AM), Novo Azul de Metileno (NAM) e Curcumina (CUR). As etapas in vivo consistiram na avaliação da interação do LPS com os derivados fenotiazínicos, por espectrofotometria; degradação da molécula do LPS frente aos corantes por meio do ensaio de LAL (Lymulus Amebocyte Lysate); capacidade inflamatória do LPS após tratamento com os quatro FS, por meio de ensaio funcional em macrófagos derivados de medula óssea (BMDMs) de camundongos; e a resposta sistêmica de camundongos após indução de choque séptico pelo LPS puro ou previamente tratado com os FSs. Nossos resultados em espectrofotometria demonstraram que houve interação do LPS com todos os fotossensibilizadores utilizados, embora a interação tenha ocorrido de forma mais expressiva com AT e NAM. Da mesma forma, os ensaios de LAL revelaram diferenças significativas entre os grupos controles e aqueles em que foi feita associação de FS com LPS, demonstrando uma maior degradação de LPS pelo NAM. Interessantemente, a capacidade inflamatória do LPS diminuiu após tratamento prévio com os quatro FS, especialmente NAM e CUR, resultando em menor secreção de citocinas inflamatórias pelos macrófagos. Corroborando a relevância fisiológica da inibição do LPS pelos FSs in vivo, a pré incubação da Curcumina com o LPS evitou que os animais deste grupo sofressem de choque séptico dentro do tempo estabelecido. Portanto, por meio da utilização de modelos relevantes para estudo da atividade inflamatória do LPS, tanto in vitro quanto in vivo, foi possível observar que houve interação de todos os FSs utilizados neste trabalho com o LPS, com destaque para o Novo Azul de Metileno e Curcumina nos parâmetros de inativação e atenuação dos efeitos inflamatórios da endotoxina, avançando na compreensão dos mecanismos de inibição desta molécula frente ao tratamento com aPDT utilizando estes FSs.