Ligaduras ortodônticas elastoméricas estéticas: quantificação de endotoxina bacteriana in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pinto, Letícia Sgarbi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-29082018-100327/
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi quantificar, in vitro e in vivo, a endotoxina bacteriana (LPS) aderida a ligaduras ortodônticas elastoméricas estéticas de poliuretano e de silicone, empregando o teste Limulus Amebocyte Lysate (LAL). Para o estudo in vitro foram utilizadas quatro tipos de ligaduras elastoméricas estéticas: Sani-Ties (poliuretano) e Sili-Ties (silicone), da GAC, e Mini Single Case Ligature Stick (poliuretano) e Synergy&reg; Low-friction ligatures (silicone), da Rock Mountain, sendo 5 contaminadas com solução de endotoxina (controle positivo) e 5 não-contaminadas (controle negativo). Réplicas feitas de fio de amarrilho torcido e de aço inox fundido, de mesmo tamanho e formato das ligaduras elastoméricas, contaminadas ou não com endotoxina, foram usadas como controle. A quantificação de endotoxina foi realizada por meio do teste LAL (Kit QCL-1000&trade;), sendo os resultados expressos em unidades de endotoxina (UE/mL). No estudo in vivo, 20 pacientes de ambos os gêneros, com faixa etária entre 15 e 30 anos, que iniciaram tratamento com aparelho ortodôntico fixo na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo receberam, randomicamente, em quadrantes alternados, os mesmos quatro tipos de ligaduras elastoméricas utilizadas no estudo in vitro, sendo uma ligadura de cada marca inserida nos caninos superiores e inferiores (13, 23, 33 e 43), aleatoriamente. Vinte e um dias após, as ligaduras foram removidas e processadas para quantificação da endotoxina bacteriana, utilizando também o Kit QCL-1000&trade;. Todos os dados obtidos foram submetidos à análise estatística apropriada de acordo com a distribuição dos dados, por meio dos testes de Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn (estudo in vitro) e ANOVA de medidas repetidas e pós-teste de Tukey (estudo in vivo). Todas as análises foram efetuadas por meio do programa Graph Pad Prism 4.0, com nível de significância de 5%. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que a endotoxina bacteriana aderiu-se a todos os materiais testados. No estudo in vitro, o grupo GAC silicone foi o que apresentou menor mediana de contaminação (1,15 UE/mL), com relação aos outros grupos (p<0,0001), os quais não apresentaram diferença estatisticamente significante quando comparados entre si (p>0,05). No estudo in vivo, de maneira semelhante ao observado no estudo in vitro, o grupo GAC silicone foi o que apresentou menor média de contaminação (0,577±0,017 UE/mL), com diferença estatisticamente significante (p<0,001) em comparação aos demais grupos. Pôde-se concluir, que a endotoxina bacteriana apresentou afinidade pelas ligaduras elastoméricas estéticas à base de silicone e poliuretano testadas. As ligaduras de silicone da marca GAC foram as que apresentaram menor quantidade de endotoxina aderida às suas superfícies