Efeitos do silêncio musical na percepção subjetiva de tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Gabriel de Almeida Codo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-29082019-145339/
Resumo: O contexto musical, que é a percepção do resultado sonoro da construção estrutural (ordenação dos sons) ao longo do tempo, pode guiar o ouvinte de forma complexa, de modo que um período de silêncio, cercado de diferentes arredores musicais, gere diferentes percepções. A percepção de tempo ou tempo subjetivo refere-se à percepção da duração de um evento ou intervalo estimado por um indivíduo. É possível que os diferentes tipos de silêncio interfiram na percepção do indivíduo, ocasionando distorções temporais musicais. O objetivo do trabalho foi verificar se aspectos estruturais de uma composição musical que precedem um período de silêncio interferem na percepção subjetiva de tempo. Para isso, foram realizados dois experimentos, empregando-se um notebook. No experimento I foram empregados 12 excertos de obras musicais genuínas, sendo avaliado pelos participantes o grau de expectativa e finalização nos silêncios de cada excerto. No Experimento II foram empregados oito excertos de composições musicais com períodos de silêncio selecionados a partir dos resultados do Experimento I. A tarefa do participante foi comparar o tempo do silêncio de cada excerto com diferentes durações de tons puros. Os resultados mostram que na comparação das condições Expectativa e Finalização com o tempo real do período de silêncio musical ocorreram distorções temporais para a condição de Finalização. A comparação entre as duas condições não mostrou diferenças estatísticas significantes. Conclui-se que o estudo do silêncio musical exige procedimentos metodológicos mais apropriados