Blastocystis sp.: epidemiologia molecular e relação com doenças em cenários brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Melo, Gessica Baptista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-16022023-131406/
Resumo: Blastocystis sp. é descrito como um protista unicelular que apresenta alta prevalência em amostras fecais de humanos e animais, ainda envolto por aspectos controversos quanto à sua patogenicidade e epidemiologia. No Brasil, existem poucos estudos relacionados com o entendimento de aspectos relevantes deste enigmático organismo. Diante disso, foram propostas diferentes abordagens, como o panorama geral das pesquisas no Brasil nos últimos 20 anos; a ocorrência de Blastocystis sp. no complexo Hospital das Clínicas (HC- FMUSP) no período de 2016-2021; a caracterização molecular de isolados de pacientes com urticária crônica e diabetes, e realizar o cultivo in vitro de isolados humanos. Os dados tanto da revisão da literatura sobre a pesquisa de Blastocystis sp. no Brasil quanto a avaliação da sua positividade no complexo HC-FMUSP reforçam a presença deste organismo em nosso meio e levanta a possibilidade de novos estudos para entender a sua real significância clínica. Em relação a urticária, não foi possível estabelecer uma relação direta com a infecção de Blastocystis sp. Contudo, obteve-se a identificação de grande diversidade intra e inter-subtipos circulantes nesses pacientes. Em relação aos diabéticos, embora este protista tenha sido mais prevalente neste grupo, ainda não se pode estabelecer uma relação entre diabetes e Blastocystis sp. E por fim, os dados sobre a manutenção invitro de isolados humanos permitiram o observar diferentes tempos de cultivo e de formas evolutivas presentes nos diferentes subtipos e alelos. Assim, são necessários mais estudos focados na interação entre Blastocystis sp. e o hospedeiro para o entendimento do impacto deste organismo na saúde pública