Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cerantola, Rodrigo Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-21022020-140838/
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Resumo: |
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença de alta mortalidade e morbidade, causando sequelas permanentes. O tratamento do AVC depende do diagnóstico precoce e correto, o que implica em avaliação por centro de saúde especializado. Em 2011 houve a instalação de uma Unidade de Pesquisa Clínica (UPC) na Unidade de Emergências do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (UE), em 2014 a criação de um REgistro de Acidente Vascular Encefálico em Ribeirão Preto (REAVER) e em 2016 a criação da Unidade de Acidente Vascular Cerebral na UE. Os objetivos principais deste trabalho foram o de comparar o registro de dados médicos de pacientes com AVC isquêmicos atendidos na UE em um período pré e após a implantação da UPC-UE e avaliar a evolução do índice de mortalidade, tempo de internação e indicadores de incapacidade em períodos pré e após a implantação da UPC-UE. Para isto foram coletados dados de três períodos 2010 (anterior a UPC-UE), 2014 (data do início do REAVER) e 2018 (próxima a realidade atual). Optou-se por avaliar dados relativos à estratificação de gravidade e incapacidade do AVCi (Escala NIHSS, do inglês - National Institute of Health Stroke Scale e ERm - Escala Rankin modificada), tempo de internação, índice de mortalidade e número de tratamentos específicos para o AVCi (trombólise, trombectomia ou ambos). Avaliou-se um total de 1259 pacientes com diagnóstico de AVCi. Observou-se que após a instituição da UPC-UE, 22 protocolos de pesquisa na área de AVC foram iniciados. Em 2010 apenas 7% dos prontuários analisados apresentaram dados de ERm e 51,2% o escore NIHSS. Estes indicadores se elevaram respectivamente de forma significativa para 94,9% e 93,1% em 2014 (P<0,0001), mantendo-se de forma semelhante em 2018 (88,9 e 99,8%, respectivamente). Houve um aumento importante de casos de AVCi em 2018 comparado a 2010 e 2014, saltando da casa de cerca de 350 casos/ano para 566/ano. Com relação a 2010, os casos de AVC foram admitidos com uma menor incapacidadee com gravidade semelhante. Entretanto, observou-se que aos 3 meses os escores de incapacidade foram semelhantes entre os três períodos. Houve um aumento significativo do número de pacientes que receberam alguma terapia específica para o AVCi. Em 2010 apenas 13,2% receberam tratamento, elevando-se para 22,9% em 2014 e 44,9% em 2018 (p<0,0001). Houve redução da mortalidade atribuída ao AVC de 31% em 2010, para 16% em 2014 e 12% em 2018 (p<0,0001). Em conclusão houve uma melhora da qualidade dos dados médicos, um aumento na oportunidade de tratamento ao AVC e redução dos índices de óbito. Este fato pode ser atribuído em parte ao REAVER e as ações da UPC-UE no tocante ao treinamento em Boas Práticas Clínicas (BPC). Houve um número relevante de protocolos de pesquisa clínica iniciados na UPC-UE desde 2011 que proporcionaram o acesso a novas tecnologias, como a trombectomia mecânica, e a avaliação de rotinas no cuidado ao AVC. Parte dos resultados observados nos ensaios realizados na UE foram incorporados nos protocolos assistenciais. |