Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Guardia, Renan Cenize |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17161/tde-06122021-153330/
|
Resumo: |
Introdução: O atendimento pré-hospitalar eficiente do acidente vascular cerebral (AVC) depende do reconhecimento adequado dos sintomas, ativação de sistemas médicos de emergência e transferência rápida de pacientes com suspeita de AVC para um centro capaz de realizar terapia de reperfusão. No Brasil, os pacientes com suspeita de AVC são comumente conduzidos por familiares ou ambulâncias à unidade primária de atenção (Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Pronto Atendimento), ao invés de serem levados pelo serviço médico de emergência móvel (SAMU) diretamente ao centro de referência para AVC. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do fluxo pré-hospitalar no acesso a terapia de reperfusão de pacientes com AVC isquêmico admitidos em um centro público de referência para AVC no Brasil. Métodos: Pacientes consecutivos com diagnóstico de AVC isquêmico foram avaliados e divididos em dois grupos: (1) aqueles que foram admitidos diretamente pelo SAMU e (2) aqueles que tiveram seu primeiro atendimento em uma unidade primária de atenção. Resultados: foram incluídos 209 pacientes, sendo 66 (31,4%) regulados diretamente pelo SAMU e 143 (68,6%) pelas Unidades primárias de atenção (UPA). A mediana do NIHSS foi 16 (IR: 5-22) e 5 (IR: 3-13) nos grupos SAMU e UPA, respectivamente (p <0,001). Quarenta (60,6%) pacientes trazidos diretamente pelo SAMU e 56 (38,9%) da UPA receberam trombólise intravenosa (p = 0,003), com mediana de tempo ictus-agulha de 120 (IR: 90-180) minutos e 200 (IR: 170-245) minutos, respectivamente (p <0,001). Vinte e três (35,4%) pacientes internados diretamente pelo SAMU e 21 (14,6%) dos regulados pela UPA foram submetidos à trombectomia mecânica (p = 0,01). Pacientes encaminhados diretamente pelo SAMU tiveram cerca de duas vezes a chance de receber terapia trombolítica (OR: 2,12; IC 95% 1,051-4,287, p = 0,03) ou terapia endovascular (OR: 2,40; IC 95% 1,143-5,072, p = 0,021), após o ajuste para fatores de confusão. Conclusão: A ativação adequada do SAMU e a transferência direta para um centro de referência para AVC é um preditor independente de acesso à terapia de reperfusão para AVC isquêmico no Brasil. |